R.B. 11/DEZ/17 "São reais as chances de aprovação da reforma da Previdência"



R.B.
"São reais as chances de aprovação da reforma da Previdência"

São Paulo, 11 de dezembro de 2017 (SEGUNDA-FEIRA).

Mercados e Economia:

Hoje (1) a BOVESPA deve subir, ampliando os ganhos acumulados no ano (20,7%), acompanhando a valorização das commodities e das principais bolsas mundiais e beneficiada pelo aumento das “apostas” de aprovação da reforma da Previdência e (2) o DÓLAR pode cair, seguindo a trajetória internacional da moeda norte-americana e influenciado pelos mesmos motivos que devem “animar” a bolsa tupiniquim.

Sexta-feira, no BRASIL, (1) a BOVESPA subiu 0,3%, para fechar a semana acumulando uma valorização de 0,6%, beneficiada pela valorização das commodities e seguindo o noticiário internacional favorável e (2) o DÓLAR subiu 0,2% à R$ 3,29, sustentado pela divulgação de que o governo ainda não tem votos necessário para aprovar a reforma da Previdência, cuja pela previsão de votação é o dia 18/DEZ/17.

Também sexta-feira, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, Japão 1,4% e China 0,6%, beneficiadas pela divulgação de dados positivos da economia japonesa e da balança comercial chinesa, que são as 2 maiores economias da região, (2) da EUROPA, Inglaterra 1,0%, França 0,3% e Alemanha 0,8%, beneficiadas pelos avanços positivos na negociação do Brexit, que é a saída do Reino Unido da União Europeia, e pelo avanço do minério de ferro, que impulsionou a Anglo American (1,6%), a Glencore (2,2%) e a ArcelorMittal (1,1%) e (3) dos EUA, do DJ e S&P novamente atingindo os maiores patamares da história, S&P 0,6%, DJ 0,5% e NASDAQ 0,4%, apoiados por dados positivos da economia norte-americana, cujo relatório de empregos veio melhor que o esperado (195 mil) com a criação de 228 mil vagas em NOV/17.

Apesar de historicamente as instituições financeiras não traçarem cenários políticos, o Credit Suisse, que hoje realiza seu evento anual sobre cenário macroeconômico para o Brasil em 2018/2019, dedicou 55 das 324 páginas do seu relatório produzido para a ocasião para falar sobre política.

Confirmando que em 2017, por conta da fraqueza da economia e do recuo dos preços dos alimentos, a inflação tupiniquim ficará bem abaixo do centro da meta (4,5%), permitindo assim que o Copom siga cortado a taxa básica de juros (atualmente em 7,0%) na sua próxima reunião, em NOV/17 o IPCA ficou em 0,28%, patamar abaixo do verificado em OUT/17 (0,42%), acumulando uma alta de apenas 2,80% nos últimos 12 meses.

Como fruto da Operação Lava Jato, que causou retração na oferta de credito pelos bancos tupiniquins, atualmente cerca de 40% das dívidas das 57 maiores empresas brasileiras tem exposição em dólar, contra 28% em 2014, quando começou este ciclo de alta.

Participando, desde ontem, da Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio, que este ano ocorre em Buenos Aires, o brasileiro Roberto Azevêdo, que é diretor do órgão, “alertou” que “é uma coisa preocupante" a atual tendência, encabeçada pelos EUA e seguida por alguns países, de "rejeitar o estrangeiro, o importado, o global".

Ajudando bastante a impulsionar a balança comercial brasileira, cuja China é o principal destino das exportações, em NOV/17 a balança comercial chinesa surpreendeu positivamente, com avanços anuais de 12,3% nas exportações e de 17,7% nas importações.

Segundo Wilson Ferreira Júnior, presidente da Eletrobrás, a privatização da empresa, que será uma das maiores operações do gênero na história do país, vai ocorrer entre SET e DEZ/18 e não será prejudicada pelas eleições para presidente no Brasil.

Obviamente com medo de perderem mercado e receita, os maiores bancos do mundo, assim como os bancos tupiniquins, estão pressionando contra a introdução de contratos futuros de bitcoins.

Política:

Indicando que sim, “são reais as chances de aprovação da reforma da Previdência”, no discurso que fez ao assumir a presidência do PSDB, Alckmin, que muito provavelmente será o candidato do partido à presidência em 2018, ressaltou a importância do tema e “garantiu” que vai trabalhar para os tucanos aprovarem a proposta do governo Temer.

Diretamente da Argentina, onde participou da abertura da 11º reunião da Organização Mundial do Comércio, o presidente Temer “avisou” que a reforma da Previdência “vai muito bem", ressaltando que já fecharam a questão favoravelmente ao tema o PMDB, o PTB e o PPS e que os presidentes do PSD e do PRB também estão caminhando para esta direção.

Representante do que existe de pior na política tupiniquim, o deputado peemedebista Carlos Marun, que deve assumir a Secretaria de Governo nesta semana, “garantiu” que até o dia 18/DEZ/17 o governo terá os 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência.

“Abandonando a canoa furada do PT”, o grupo de esquerda que se intitula Vamos concluiu as diretrizes para o seu programa de governo e tem como seu principal idealizador o bandido e terrorista Guilherme Boulos, coordenador do MTST e possível candidato à Presidência pelo PSOL.

Ao custo de R$ 1,5 mi de dinheiro oriundo dos cofres públicos e repassado ao partido, no sábado o PSDB realizou sua Convenção Nacional, cujo principal destaque, ao invés da eleição de Alckmin como novo presidente tucano, foram as vaias recebidas por Aécio Neves, que não discursou, ficou 30 minutos no evento e ao que tudo indica não terá votos nem para se reeleger senador por MG.

Diante da dificuldade de Kassab, que é um grande picareta, de ampliar o apoio do PSD à reforma da Previdência, aliados de Temer pediram que Meirelles assumisse a missão e o referido ministro da Fazenda já recebeu no fim de semana a lista de votos do seu partido.

Sem medo dos milicos, que estão sucateados e em sua maioria comprados, Raul Jungmann, ministro da Defesa, confirmou que Temer deverá assinar hoje o ato de exoneração do general Antonio Hamilton Martins Mourão, que “ousou” criticar o presidente do Brasil, do cargo de secretário de Finanças e Economia do Comando do Exército.

Crítica:

Conforme já era de se esperar, segundo um levantamento feito pelo Datafolha, o brasileiro é imediatista e tem baixíssima tendência à poupança, já que 65% da população tupiniquim (50% ente os mais ricos) não guarda dinheiro para o futuro.

Confirmando que o Estado tupiniquim é um "Robin Hood às avessas", apesar de ter quase a mesma carga tributária que países como o Reino Unido, por exemplo, o Brasil é um dos países mais ineficazes na redução da desigualdade de renda, beneficiando mais a camada mais rica da população.

PAZ, amor e bons negócios;
Alfredo Sequeira Filho

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