R.B. 21/SET/15 "Partindo para o ataque direto contra o PT"


R.B.

"Partindo para o ataque direto contra o PT"

 

São Paulo, 21 de setembro de 2015 (SEGUNDA-FEIRA).


Mercados e Economia:

 

Hoje (1) a BOVESPA deve seguir em queda, apesar dos sinais de recuperação das principais bolsas mundiais, ainda prejudicada pelas perspectivas cada dia mais negativas para a economia brasileira e (2) o DÓLAR pode seguir em alta, com "boas chances" de fechar o dia acima dos R$ 4,00, acompanhando a esperada piora do "humor" na bolsa brasileira e influenciado pelo fluxo negativo de recursos externos.

 

Sexta-feira, no BRASIL, (1) a BOVESPA caiu –2,6%, acompanhando as perdas das bolsas de NY e prejudicada principalmente pela deterioração crescente dos cenários político e econômico no Brasil, em um pregão marcado pelo bom volume de negócios (R$ 8,2bi) e com destaques de queda para as ações da Petrobrás (-3,8%) e do Pão de Açúcar (-4,3%) e (2) o DÓLAR subiu 2,0% à R$ 3,96, no maior valor em quase 13 anos, influenciado pelos mesmos motivos que derrubaram a bolsa brasileira e tem elevado as "apostas" de que o Brasil também vai perder o chamado grau de investimento das agências Fitch Ratings e Moody's.

 

Também sexta-feira, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, sem uma tendência única, Japão –2,0%, com as exportadoras prejudicadas pela valorização da moeda local (o iene) frente ao dólar e China 0,4%, aliviada com a decisão do Fed de manter inalterada a taxa de juros dos EUA, (2) da EUROPA, devolvendo os ganhos do pregão anterior, Inglaterra –1,3%, França –2,6% e Alemanha –3,1%, diante da divulgação de dados negativos da economia dos países da região e da intensificação da crise migratória e (3) dos EUA, S&P –1,7%, DJ –1,6% e NASDAQ –1,4%, com os investidores digerindo a decisão do Fed ("BC" local) de reafirmar que deverá elevar as taxas de juros ainda este ano e que a economia do país ainda não se recuperou totalmente do quase colapso.

 

Com as encomendas de insumos essenciais para a produção, como energia e embalagens, apresentando quedas cada vez maiores em relação ao ano passado e a meses anteriores deste ano, os números mais recentes da economia real indicam que a situação do Brasil tende a piorar até o fim do ano.

 

Dando novos sinais negativos da economia brasileira, (1) segundo dados oficiais divulgados na sexta-feira passada pela Receita Federal, foram arrecadados R$ 93,7bi em impostos no mês passado (AGO/15), o que representa uma queda real (já descontada a inflação oficial) de -9,3% em relação a AGO/14 e o valor mais baixo para o mês desde 2010, (2) em JUL/15 o emprego na indústria brasileira foi –6,4% menor que em JUL/15 e atingiu o menor patamar da série histórica do IBGE iniciada em 2000 e (3) em AGO/15 as vendas de material de construção foram –6,2% menores do que em AGO/14.

 

Com a Selic em 14,25% ao ano, o país sem grau de investimento pela S&P e com possibilidades de perder este selo de bom pagador também da Fitch Ratings e da Moody's, e as crescentes crises política e econômica, existem boas opções de investimento que aliam segurança e rentabilidade, como (1) títulos públicos, que em alguns casos estão pagando juros reais (descontando a inflação) de 7,5% ao ano, (2) LCA, LCI e LC, que tem proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) e rendem liquido, já que não tem impostos, cerca de 15% ao ano e (3) bonds de empresas brasileiras, que rendem em dólar de 7% ao ano, como o bond do Itaú, a até 13% ao ano, como o bond da Gol.

 

Com potencial para prejudicar ainda mais o desempenho da economia brasileira, o Japão pediu a intervenção de autoridades da Organização Mundial do Comércio contra o programa tupiniquim Inovar-auto, que exige etapas de produção no Brasil para abatimento de imposto cobrado das empresas e que já é alvo de questionamento de outros países, como os que compõem a União Europeia.


Política:
 
"Partindo para o ataque direto contra o PT", Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal, afirmou na sexta-feira passada que o partido da presidenta Dilma tinha um "plano perfeito" para se perpetuar no poder, mas foi atrapalhado pela Operação Lava Jato, ressaltando que o dinheiro desviado da Petrobras tinha como destino campanhas eleitorais.

 

Preparando a volta da censura no Brasil, 3 projetos de lei estão avançando em alta velocidade neste momento na Câmara dos Deputados para aumentar penas e até mesmo transformar em crime hediondo, com 6 anos de previsão em regime fechado, para quem falar mal de algum político na internet e, para piorar ainda mais, qualquer "autoridade competente" poderá ter acesso aos dados de qualquer internauta, sem maiores controles ou a necessidade de ordem judicial prévia.

 

Diante do risco de criar novos atritos com sua bastante fragilizada base aliada, a presidenta Dilma foi aconselhada por assessores mais próximos, como Nelson Barbosa e Mercadante, a postergar sua esperada reforma administrativa e ministerial para a próxima semana.

 

Para evitar perder completamente o apoio do PMDB, a presidenta Dilma já indicou que vai negociar com os caciques do partido na Câmara e no Senado, sem obviamente se esquecer do vice-presidente Michel Temer, a indicação de pelo menos 3 nomes para compor seu novo ministério.

 

Criticada por ex-aliados, neste final de semana Dilma foi alvo (1) de Moreira Franco, seu ex-ministro, que afirmou que a presidenta "não confia em ninguém" e que sua "estratégia inicial" foi "desidratar o PMDB" e (2) Delfim Neto, seu ex-conselheiro, que afirmou que a presidenta é "simplesmente uma trapalhona".

 

Torrando dinheiro publico, mesmo com um galpão cheio de móveis como mesas, armários, cadeiras, sofás e outros em condições de uso, o Senado lançou um pregão para compra de novo mobiliário para a Casa que prevê gastar até R$ 6,5mi.

 

Apesar dos esforços do governo Federal de blindar o presidente da Câmara, o juiz titular da 14ª Vara Criminal do RJ, Marcello de Sá Baptista, determinou o desarquivamento e o envio ao Supremo Tribunal Federal de um antigo inquérito que investigou a participação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em suposta irregularidade na Companhia Estadual de Habitação do Rio de Janeiro.

 

Em reunião que teve com 8 grandes empresários para discutir o cenário nacional, Alckmin, governador d SP, mostrou pessimismo com a situação econômica e política e, apesar de dizer que não ver saída com Dilma no cargo, ressaltou que ainda acredita que falta um motivo para o impeachment.

 

A investigação mais apurada de material encontrado nos escritórios de José Dirceu comprova a atuação do ex-ministro de Lula e agora presidiário como lobista e até como corretor de imóveis, atuando em defesa dos interesses de grandes empresários e banqueiros brasileiros, que também são "grandes doadores das campanhas petistas" e que agora também devem ter sua relação com o poder aos poucos revelada.


Crítica:

 

Para quem vai ao salão do automóvel Frankfurt, que é o maior do mundo, fica claro que os carros elétricos, com baterias menores, mais baratas e mais eficientes, estão de volta ao jogo e em alguns casos, como nos modelos conceito Porsche Mission e Audi e-tron, chegam a percorrer cerca de 500 quilômetros sem precisar de recarga.


PAZ, amor e bons negócios;

Alfredo Sequeira Filho


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