R.B.
"Atrás da ideia esdrúxula do prefeito de SP existem fortes indícios de corrupção"
São Paulo, 17 de setembro de 2015 (QUINTA-FEIRA).
Mercados e Economia:
Hoje (1) a BOVESPA deve subir, com os investidores globais comemorando a provável manutenção da taxa de juros nos EUA e com os investidores tupiniquins comemorando o crescente aumento das chances de fim antecipado do governo Dilma e (2) o DÓLAR pode cair, acompanhando a trajetória internacional da moeda norte-americana e seguindo a esperada melhora do "humor" na bolsa brasileira.
Ontem, no BRASIL, (1) a BOVESPA subiu 2,5%, para fechar em território positivo pelo terceiro dia consecutivo, com bom volume de negócios (R$ 8,1bi), acompanhando o desempenho ascendente das principais bolsas mundiais e com destaque de alta para as ações da Petrobrás (6,4%), diante da valorização internacional do petróleo (5,7%), causada pelo anúncio de forte recuo dos estoques norte-americanos da referida commoditie e (2) o DÓLAR caiu –0,6% à R$ 3,83, seguindo a melhora do "humor" na bolsa brasileira e influenciado pelo aumento das "apostas" de a taxa de juros norte-americana permanecerá inalterada na reunião do Fed ("BC" local) que termina neste quinta-feira.
Também ontem, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, acompanhando o desempenho positivo das bolsas de NY no dia anterior, Japão 0,8%, impulsionada pelas ações de companhias de maquinário e partes de automóveis, como Toyota Industries (6,3%) e Aisin Seiki (5,9%) e China 4,2%, o maior ganho porcentual desde 27/AGO/15, em meio a rumores de que as corretoras poderão não ser obrigadas a fechar contas de empréstimos de margem pertencentes a fundos fiduciários, (2) da EUROPA, Inglaterra 1,5%, França 0,7% e Alemanha 0,4%, impulsionadas por noticiário corporativo positivo, pela alta dos preços do petróleo e pelo alívio em relação aos mercados acionários da China e (3) dos EUA, em alta pelo segundo dia seguido, S&P 0,9%, DJ 0,8% e NASDAQ 0,6%, com destaques de alta para as ações das empresas do setor de energia, como ExxonMobil (2,0%), Chevron (2,4%) e Halliburton (4,4%), e com cerca de 80% do "mercado apostando" que o Fed ("BC" local) vai manter a taxa de juros inalterada na reunião que termina hoje.
Hoje, colocando todo o mundo financeiro em alerta, o Fed ("BC" dos EUA), decidirá sobre a taxa de juros da maior economia do planeta, que permanece no menor patamar da história (entre zero e 0,25% ao ano) desde o final de 2008 e que, segundo as mais recentes expectativas, deve permanecer no mesmo patamar até NOV/15, quando ocorre a próxima reunião da autoridade monetária norte-americana.
Indicando que o "mercado" pode estar muito otimista ao "apostar" que o PIB brasileiro vai encolher "apenas" –2,55% neste ao de 2015, em JUL/15 (1) as vendas do comércio varejista tupiniquim foram –3,5% menores do que em JUL/14, o que representa a sexta queda consecutiva, a mais longa sequência negativa desde 2001 e o pior resultado para meses de julho desde o início da série histórica do IBGE (em 2000) e (2) as vendas de veículos recuaram –13,3% na comparação com JUL/14.
Já que, diante da crise, o consumidor tupiniquim começa cortando aquilo que é supérfluo, das 14,2 mil vagas que o comércio varejista fechou na cidade de SP nos primeiros 7 meses de 2015, praticamente o dobro das vagas fechadas no mesmo período de 2014, 48% delas são de lojas de vestuário, tecido e calçados, apesar delas responderem por apenas 15,4% das vagas.
Como no mês passado, por conta do descaso do governo com auditores fiscais, a Receita Federal parou, numa espécie de operação padrão sem se empenhar para combater a sonegação, em AGO/15 o volume financeiro das autuações lançadas caiu –82% na comparação com AGO/14, o que gerou uma perda de R$ –7,5bi que obviamente prejudica ainda mais as contas publicas brasileiras.
Provando mais uma vez, e desta vez com números, que na média o brasileiro não tem nenhuma educação financeira, o que aliás é bem parecido com a situação do governo Federal, dos Estados e das Prefeituras do país, segundo uma pesquisa feita pelo SPC Brasil, 40% das famílias tupiniquins vivem acima do seu padrão de vida, terminando o mês sem qualquer tipo de reserva financeira para emergências ou mesmo no vermelho.
Indicando que a presidenta Dilma novamente não terá sucesso no seu novo pacote de ajuste fiscal, o peemedebista Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, afirmou ontem que a proposta de recriar a CPMF está "fadada a uma derrota fragorosa", mesmo com o apoio de governadores que foram ao Congresso pedir uma alíquota maior que a proposta pelo governo para aumentar as receitas estaduais.
Aproximando cada dia mais Dilma da lista de desempregados, já é considerada 90% irreversível a rejeição das contas de 2014 do governo Federal pelo Tribunal de Contas da União, posto que segundo apurou a Folha de SP os 9 ministros da corte já decidiram votar contra a presidenta.
Colocando seu preço, a bancada do PMDB na Câmara fez chegar à presidenta Dilma que a única maneira de manter parte do grupo afastada da ideia de impeachment é entregar uma pasta de peso a uma indicação dos deputados na reforma ministerial prevista para quarta-feira da próxima semana.
Elevando a pressão sobre o governo Dilma e afastando cada dia mais o PT dos movimentos sociais, os funcionários públicos anunciaram ontem uma paralisação para a quarta-feira da próxima semana em protesto contra as medidas de austeridade propostas pelo governo para pagar as contas da corrupção e reequilibrar a economia do país.
Crítica:
Com a internet mais lenta e cara do mundo e com o povo mais corrupto do universo, atualmente no Brasil, segundo uma pesquisa feita pela Tic Domicílios, 13% das famílias admitem que usam a rede do vizinho para conectar à internet, prática que é mais comum na região Nordeste, onde 22% dos entrevistados disseram usar a conexão dos outros.
Mais uma vez estimulando e perpetuando a ideia estúpida e ignorante de dividir seres humanos em raças, a prefeitura de SP, que a cada dia se supera ao lançar uma proposta mais idiota, lançou ontem um site para a divulgação de postos de trabalho apenas para afrodescendentes.
PAZ, amor e bons negócios;
Alfredo Sequeira Filho
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