R.B.
"Corre um sério risco"
São Paulo, 29 de janeiro de 2015 (QUINTA-FEIRA).
Mercados e Economia:
Hoje (1) a BOVESPA deve subir, tentando uma recuperação após atingir o menos patamar desde 14/JAN/15 (47.694pts) e acumular uma baixa de –4,6% no ano, acompanhando a esperada melhora do "humor" nas bolsas de NY e beneficiada pela divulgação de bons resultados corporativos no Brasil e nos EUA e (2) o DÓLAR pode seguir em queda, seguindo a trajetória internacional da moeda norte-americana diante do resultado da reunião do Fed ("BC" dos EUA).
Ontem, no BRASIL, (1) a BOVESPA caiu –1,8%, acompanhando a piora do "humor" nas bolsas de NY e novamente pressionada pelas ações da Petrobrás, que desta vez despencou –11,2% diante da decisão da empresa de divulgar um balanço não auditado e sem as baixas contábeis em razão das irregularidades apuradas pela Operação Lava Jato da Polícia Federal e (2) o DÓLAR subiu 0,2% à R$ 2,58, em um movimento de cautela antes do encontro de política monetária do Fed ("BC" dos EUA).
Também ontem, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, sem uma tendência única, Japão 0,2%, sustentada por ações de empresas que se beneficiam do petróleo barato, como Japan Airlines (2,7%) e ANA Holdings (3,3%) e China –1,4%, em queda pelo segundo pregão consecutivo, pressionada por empresas do setor de energia, (2) da EUROPA, também sem uma tendência única, Inglaterra 0,2%, França –0,3% e Alemanha 0,8%, divididas entre a cautela antes da reunião do Fed ("BC" dos EUA) e a divulgação de bons resultados corporativos, como o da Anglo American (2,3%) e o da indústria química Lanxess (7,6%) e (3) dos EUA, acelerando as perdas no final do pregão, S&P –1,3%, DJ –1,1% e NASDAQ –0,9%, influenciadas por declarações do Fed ("BC" local) de que a economia do país está crescendo em um ritmo sólido, o que indica que permanecem as altas as chances de aumento da taxa de juros ainda neste ano.
Contrariando a opinião da grande maioria, Nouriel Roubini, badalado economista norte-americano e conhecido por "Sr. Apocalipse", em razão de seu contumaz pessimismo, afirmou que investidores e analistas brasileiros estão se tornando "excessivamente pessimistas" em relação ao futuro econômico do país, já que segundo ele, apesar da baixa confiança na economia, do desajuste nas contas públicas, da inflação elevada e do crescimento fraco, o novo time econômico nomeado por Dilma está comprometido em adotar as medidas necessárias para reverter esse quadro.
Demonstrando novas preocupações com a inflação e adotando um tom mais otimista em relação à evolução da economia dos EUA, ontem o Fed ("BC" dos EUA) anunciou a manutenção da taxa básica de juros norte-americana entre zero e 0,25%, patamar que está desde 2008, e sinalizou que não deve elevar esta taxa até pelo menos o mês de JUN/15, ressaltando que será "paciente" ao considerar o início de um novo ciclo.
Indicando que "o Brasil engata marcha a ré", enquanto os principais países do mundo começam a emergir de crises vultosas, segundo dados divulgados pela consultoria Jato Dynamics, entre os 10 maiores mercados consumidores de veículos no mundo, apenas o brasileiro (-6,9%) e o russo (-10,5%) registraram queda das vendas em 2014 na comparação com o ano anterior.
Confirmando a péssima gestão das contas publicas pelo governo Dilma, (1) a arrecadação do governo federal com impostos e outros tributos caiu -1,79% no ano passado na comparação com 2013, o que representa a primeira retração anual desde 2009, auge da crise financeira global e (2) a dívida pública federal, que inclui os endividamentos interno e externo do governo, avançou 8,15% no ano passado, atingindo o recorde histórico de R$ 2,295tri.
Segundo "rumores", a divulgação do balanço financeiro da Petrobras sem descontar prejuízos com corrupção, decisão política e supostamente "bancada" por Mantega, fragiliza a presidência de Graça Foster e suspende o plano do governo de indicar um ''grupo de notáveis'' para o conselho de administração da empresa, já que estes nomes ''estrelados'', se tiverem juízo, não aceitarão mais integrar a estatal correndo riscos de enfrentar eventuais processos judiciais em caso de irregularidades passadas.
- O Bradesco caiu –2,4%, porem ontem, após o fechamento do pregão, o referido banco anunciou que, mantendo inalterado o nível de calotes e com expansão modesta no crédito, seu lucro líquido atingiu incríveis R$ 15,1bi no ano passado, o que representa um crescimento de 25,6% na comparação com o valor visto em 2013.
PAZ, amor e bons negócios;
Alfredo Sequeira Filho
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