R.B.
"Um nível cada vez mais baixo"
São Paulo, 17 de outubro de 2014 (SEXTA-FEIRA).
Mercados e Economia:
Hoje (1) a BOVESPA deve subir, tentando uma recuperação após 2 pregões consecutivos de fortes quedas, influenciada pelos sinais de melhora do "humor" nas principais bolsas mundiais e pela impressão de que Aécio venceu o debate de ontem entre os presidenciáveis e (2) o DÓLAR pode cair, devolvendo parte da forte alta acumulada nos pregões anteriores, influenciado pelos leilões de venda do BC e acompanhando a trajetória internacional da moeda norte-americana.
Ontem, no BRASIL, (1) a BOVESPA caiu –3,2%, com bom volume de negócios (R$ 10,6bi), acompanhando as perdas das bolsas asiáticas e europeias e prejudicada principalmente pelas pesquisas eleitorais que mostraram empate técnico entre os candidatos Aécio e Dilma e (2) o DÓLAR subiu 0,3% à R$ 2,46, seguindo o "humor negativo" da bolsa brasileira e também acompanhando a trajetória internacional da moeda norte-americana.
Também ontem, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, Japão –2,2% (no menor patamar em 4 meses) e China –0,7%, prejudicadas pela somatória de diversos fatores econômicos e geopolíticos e com destaques de queda para as ações dos bancos chineses, (2) da EUROPA, após uma sessão bastante volátil, Inglaterra –0,2%, França –0,5% e Alemanha -0,1%, diante da divulgação de dados econômicos que indicam desaceleração da economia da região, como o índice de preços ao consumidor da zona do euro que atingiu o menor patamar desde OUT/09 e (3) dos EUA, recuperando as perdas da abertura, S&P 0,1%, DJ 0,1% e NASDAQ 0,1%, beneficiadas pela divulgação de indicadores positivos do país, como a queda dos pedidos de auxílio-desemprego para o menor nível desde ABR/00 e o crescimento da produção industrial acima do esperado em SET/14, e também por falas do presidente do Fed St. Louis, James Bullard, que sinalizou que o programa de relaxamento quantitativo do BC norte-americano pode continuar para além de OUT/14.
Dando mais um aviso, ontem a agência de classificação de risco Fitch afirmou que a estratégia do próximo governo do Brasil para incentivar o crescimento e enfrentar alguns desequilíbrios macroeconômicos como a inflação elevada e os altos déficits fiscal e de conta corrente será fundamental para a trajetória do rating soberano do país.
Mudando, pela terceira vez em 2 meses, a regra para liberação de depósitos compulsórios, ontem o BC brasileiro anunciou uma nova medida de estímulo ao crédito que irá beneficiar, principalmente, empresas de menor porte com necessidade de capital de giro para financiar despesas de fim de ano.
- Confirmando o momento ruim da economia brasileira, o indicador de atividade econômica do BC mostrou expansão de apenas 0,3% em AGO/14 na comparação com o mês anterior, patamar bem abaixo do registrado em JUL/14 (1,5%).
Como, principalmente em tempos de "vacas magras", cada país se preocupa apenas em manter seus benefícios, está definitivamente ruindo a principal aposta comercial do Brasil, a Rodada Doha de Desenvolvimento, lançada em 2001 para terminar em cinco anos, mas que continua paralisada até agora.
Certamente afetando negativamente o desempenho da balança comercial brasileira, segundo um relatório divulgado ontem pelo Bird, os preços das commodities devem permanecer baixos até boa parte do próximo ano, principalmente os do petróleo, e os principais motivos são a desaceleração econômica de Europa e dos emergentes, o dólar mais forte e o aumento na produção.
- Sem capacidade de dialogar para chegar a acordo bilaterais, ontem o Brasil abriu mais um processo na Organização Mundial do Comércio, desta vez para desafiar as restrições sobre as exportações de carne de frango impostas pela Indonésia.
- A Oi caiu -7,4%, após o conselho de administração da empresa aprovar a proposta de grupamento da totalidade de ações ordinárias e preferenciais da companhia, na razão de 10 para 1.
- A MMX caiu -16,7%, um dia depois de ser anunciado que pedirá recuperação judicial na Justiça do RJ.
Crítica:
Ajudando a aumentar a integração mundial e a elevar os gastos com turismo e os negócios, porem também facilitando a disseminação de doenças e epidemias, segundo estimativas divulgadas ontem pela Associação Internacional do Transporte Aéreo, a quantidade de passageiros transportados anualmente pelas companhias aéreas no mundo vai crescer 4,1% ao ano até 2034 e somar 7,3bi de pessoas, o que é mais do que o dobro do que os 3,3bi de viajantes que o sistema vai atender neste ano.
PAZ, amor e bons negócios;
Alfredo Sequeira Filho
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