R.B.
"A ignorância do eleitorado"
São Paulo, 11 de setembro de 2014 (QUINTA-FEIRA).
Mercados e Economia:
Hoje (1) a BOVESPA deve seguir em queda, para fechar em território negativo pelo sétimo pregão consecutivo, acompanhando as perdas das demais bolsas mundiais e com os investidores "desanimados" com a recuperação de Dilma nas pesquisas eleitorais, porem deve-se ressaltar que o patamar pode ficar excelente para compras, principalmente para quem "aposta" que a presidenta não conseguirá se reeleger e (2) o DÓLAR pode subir, "testando a resistência" dos R$ 2,30 e influenciado pelos mesmos motivos que devem levar a desvalorização da bolsa brasileira.
Ontem, no BRASIL, (1) a BOVESPA caiu –0,8%, para fechar em território negativo pelo sexto pregão consecutivo, prejudicada pela desvalorização internacional das commodities e pressionada principalmente pelos "temores", confirmados após o fechamento do pregão, de recuperação de Dilma nas pesquisas e (2) o DÓLAR subiu 0,6% à R$ 2,29, acompanhando a piora do "humor" na Bovespa e as especulações de que o Fed ("BC" dos EUA) poderá subir os juros naquele país antes do esperado.
Também ontem, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, acompanhando as perdas das bolsas dos EUA no dia anterior, Japão –0,2% e China –0,3%, também prejudicadas pelo anuncia de que as encomendas de máquinas no Japão tiveram uma queda de -13,5% em JUL/14 ante JUN/14, (2) da EUROPA, Inglaterra –0,1%, França –0,1% e Alemanha –0,1%, prejudicadas pelo aumento do receios dos investidores em relação à crescente onda de apoio à independência da Escócia, que leva a questão a referendo popular dentro de uma semana, e (3) dos EUA, recuperando as perdas da abertura, S&P 0,4%, DJ 0,3% e NASDAQ 0,7%, com destaques de alta para as ações da Apple (3,0%), que acentuou pouco a pouco os seus ganhos depois da difusão de várias notas de analistas que acolhiam favoravelmente seus novos produtos lançados no dia anterior.
Ajudando a pressionar a inflação e justificando o baixo crescimento da economia brasileira, os empresários que investiram em sua indústria obtiveram, em média, retorno de 47% entre 2008 e 2012, já aqueles que aplicaram no mercado financeiro, em um fundo sem risco de renda fixa, por exemplo, embolsaram 62% no mesmo período.
Dando mais um sinal negativo da economia brasileira, em JUL/14 o emprego na indústria caiu -0,7% na comparação com JUN/14, o que representa a quarta taxa negativa consecutiva nessa base de comparação, acumulando neste período perda de -2,4%.
Apesar de avaliar como positiva a decisão do governo de incluí-lo em programa de estímulo a exportadores, o setor sucroalcooleiro brasileiro destacou que para acabar com a crise vivida pelas usinas de açúcar e álcool no país é necessária uma política de longo prazo para dar previsibilidade ao setor, com medidas como a volta da Cide, regras transparentes de reajuste da gasolina e fixação do papel do etanol na matriz de combustível do país.
Por conta da falta de educação financeira do brasileiro, que não sabe calcular ou negociar taxas, e do elevado patamar da Selic, (1) em SET/14 os juros médios cobrados no cheque especial atingiu 9,56% ao mês, o que representa um aumento de 0,22 pontos percentuais na comparação com AGO/14 (9,34% ao mês) e (2) em AGO/14 a taxa de juros cobrada da pessoa física subiu pelo 15º mês seguido e atingiu estratosféricos 103,05% ao ano, se mantendo assim no maior patamar desde JUL/12. Segundo a última pesquisa divulgada (1) Dilma subiu de 35% para 36%, escapando ilesa das últimas denuncias envolvendo a Petrobrás, (2) Marina Silva caiu de 34% para 33%, vendo sua rejeição subir de 15% para 18% diante dos ataques dos seus adversários e (3) Aécio subiu de 14% para 15%, recuperando um pouco de terreno em MG. A oposição, desunida, certamente é mais fácil de ser vencida, já que a entrada de Marina empurrou Aécio para o terceiro lugar, fora do segundo turno, e o tucano faz tudo para derrubar a candidata do PSB, porem, na prática, os 2 armam um trampolim para a reeleição de Dilma Rousseff e a eternização do aparelhamento do Estado pelo PT . Defensor dos mensaleiros, indicado por Lula e primo do ex-presidente Collor, o "nobre" ministro Marco Aurélio Mello fez uma crítica velada ao ex-ministro Joaquim Barbosa, ao afirmar que é preciso impedir que "desacordos em votos" afetem a convivência entre os demais. Comandado por um político que ainda não sabe falar com o povo, o que é vital em um país com 75% de analfabetos funcionais, o PSDB caminha para uma transformação inesperada neste ano, já que de grande e protagonista o partido possivelmente passará a ser uma legenda média e a principal razão é mau desempenho que Aécio deve ter nas próximas eleições, já que as pesquisas indicam que pela primeira vez em 20 anos os tucanos estarão fora do segundo turno na luta pelo Palácio do Planalto. Alfredo Sequeira Filho O "R.B." representa uma opinião, não uma indicação, é proibida sua reprodução, sem a devida autorização, e qualquer critica, dúvida ou sugestão, favor contatar: alfredo@relatoriobrasil.com Conheça e indique nosso Blog: www.relatoriobrasil.com Curta nossa página no Facebook: www.facebook.com/relatoriobrasil