R.B. 3/OUT/13 ‘’Pior do que Chávez fazia com seus adversários na Venezuela’’


R.B.

"Pior do que Chávez fazia com seus adversários na Venezuela"

 

São Paulo, 3 de outubro de 2013 (QUINTA-FEIRA).


Mercados:

 

HOJE

-    A BOVESPA deve subir, impulsionada pela divulgação de resultados acima do esperado da economia chinesa, que é o principal destino das exportações brasileiras, e com os investidores ''apostando'' que as incertezas sobre a duração do impasse político nos EUA levarão ao adiamento do fim do programa de estímulos econômicos neste país.

-    O DÓLAR pode voltar a cair, agora tentando manter os R$ 2,20 como ''resistência'', acompanhando a provável melhora do ''humor'' na Bovespa e seguindo a trajetória internacional da moeda norte-americana e influenciado pelo aumento do fluxo positivo de recursos externos.

 

ONTEM

-    BOVESPA –0,1%, abriu ''de lado'', para na máxima avançar 0,6%, porem perdeu 'forças'' na parte da tarde e fechou em leve baixa, acompanhando as perdas das bolsas de NY e também mais uma vez com destaque de queda para as ações da OGX (-8,3%), da MMX (-6,7%) e da LLX (-4,9%).

-    DÓLAR –1,6% à R$ 2,19, já abriu em queda e manteve a trajetória descendente ao longo de todo pregão, para fechar o dia no menor patamar desde 26/JUN/13, diante da avaliação de que o impasse fiscal e os dados piores do que o esperado nos EUA leve o BC norte-americano a manter seu programa de estímulo por mais tempo, o que adiaria uma restrição na oferta da moeda norte-americana nos emergentes.

-    Na ÁSIA, sem uma tendência única, JAPÃO –2,1%, diante dos ''temores'' de corte de incentivos econômicos por parte do governo, CORÉIA 0,1%, sustentada pelo bom desempenho das exportadoras do setor de tecnologia e CHINA permaneceu fechada devido a feriado local.

-    Na EUROPA, também sem uma tendência única, INGLATERRA –0,3%, FRANÇA –0,9%, ITÁLIA 0,7%, e ALEMANHA –0,9%, com alguns mercados em queda diante das incertezas sobre a duração do impasse político nos EUA e outros em alta diante da divulgação de boas notícias corporativas, como a fusão das operações da Portugal Telecom com a Oi.

-    Nos EUA, no segundo dia de paralização do governo do país, S&P –0,1%, DJ –0,4% e NASDAQ –0,1%, também prejudicadas pela divulgação de dados econômicos negativos, como o anúncio de que os empregadores privados geraram menos postos de trabalho do que o esperado em SET/13.


Economia:

 

Mostrando, principalmente para o governo Dilma, que não são apenas os ''gringos'' que não confiam mais na condução da economia do Brasil, as projeções dos economistas brasileiros para o crescimento do PIB do país em 2014 e em 2015 variam respectivamente de 0,5% até 3,7% e de 0,5% até 4,5%, o que representa um nível recorde de insegurança e incerteza em relação ao rumo do país em um horizonte de 2 anos.

 

Atribuindo sua decisão à piora ou estagnação de alguns indicadores fiscais e econômicos, como a fatia do investimento em relação ao PIB e a dívida pública ante o PIB, ontem agência de classificação de risco Moody's reduziu de "positivo" para "estável" sua perspectiva para os títulos da dívida brasileira.

 

Dando 2 sinais negativos da economia brasileira, (1) –3,6% menor do que no terceiro trimestre deste ano e –9,2% aquém do resultado do mesmo período de 2012, no quarto trimestre de 2013 apenas 46,8% dos paulistanos pretendem adquirir algum bem durável, o que representa o menor patamar em 7 anos e (2) em AGO/13 a produção industrial brasileira foi –1,2% menor que em AGO/12.

 

Avançando, mesmo que à passos lentos, a proposta brasileira para o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, que aliás recebe atualmente 20% das exportações brasileiras, vai englobar entre 85% e 90% do comércio bilateral entre o Brasil e o referido bloco e os produtos terão um cronograma gradual de redução da tarifa de importação, com diminuição das alíquotas a cada 2 anos até que cheguem a zero.


Política:

 

Após pressão feita por empresários, que são quem assinam os cheques para financiar as campanhas politicas, o governo decidiu voltar atrás da decisão de cobrar de forma retroativa o imposto sobre a distribuição de lucros e dividendos que não tivesse sido devidamente recolhido nos últimos 5 anos.

 

Como não consegue ficar com a boca fechada e se concentrar apenas no trabalho, menos de 1 semana depois de levar uma bronca publica de Dilma ao criticar a fusão da Vivo com a TIM, Paulo Bernardo, ministro das Comunicações, elogiou ontem o anuncio de fusão entre OI e Portugal Telecom.

 

Perseguida politicamente pelos Cartórios Eleitorais e criticada pela maioria da ''mídia livre'' do Brasil, hoje, a exatos 3 anos após receber 19,6 milhões de votos na disputa à Presidência da República, a ex-senadora Marina Silva acompanhará em Brasília o julgamento que deve decidir se ela poderá concorrer novamente ao Planalto pelo partido que começou a montar em FEV/13, o Rede Sustentabilidade.

 

Trabalhando bem mais que seu adversário tucano Aécio Neves, Eduardo Campos, governador de Pernambuco que deve ser o candidato do PSB à presidência do Brasil, está intensificando a aproximação de seu partido com os partidos que fazem oposição ao PT nos principais estados brasileiros.


Crítica:

 

Sem contar com a ajuda do BNDES, que gosta de financiar apenas ideias ''brilhantes'' como as de Eike Batista, Jason Duani Vargas, um engenheiro de produção de Santa Cruz do Sul, estava incomodado incomodado com o sofrimento de cavalos que puxam carroças de catadores em sua cidade e desenvolveu um carrinho elétrico de alumínio, que tem um custo de produção de R$ 20mil e tem autonomia de 60 quilômetros, para substituir os animais nesta tarefa.

 

Democracia só funciona com alternância no poder, de pessoas e também de partidos, atualmente a maioria dos grandes partidos brasileiros é dominada por corruptos e oportunistas com os mesmos sobrenomes de sempre, portanto o que estão fazendo com Marina Silva, que tem no mínimo 20% das intenções de voto, é ''pior do que Chávez fazia com seus adversários na Venezuela'', com a diferença de que por aqui a maior rede de TV "livre" do pais apoia este golpe.


PAZ, amor e bons negócios;

Alfredo Sequeira Filho


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