R.B.
"Não é craque em nenhuma delas"
São Paulo, 26 de setembro de 2012 (QUARTA-FEIRA).
HOJE
- A BOVESPA deve cair, mesmo após fechar o pregão anterior com a maior baixa percentual desde 10/JUL/12, influenciada novamente pela piora do ''humor'' nas demais bolsas mundiais, porem deve-se ressaltar que o índice deve tentar se sustentar acima dos 60.000pts e que o patamar é interessante para compras visando investimentos de longo e médio prazo.
- O DÓLAR pode subir, para fechar em território positivo pelo terceiro pregão consecutivo, acompanhando a trajetória internacional da moeda norte-americana, porem novamente com pouca volatilidade e baixo volume de negócios.
ONTEM
- BOVESPA –2,3%, abriu em leve queda e, em um pregão com bom volume de negócios (R$ 8,8bi), foi intensificando as perdas ao longo do dia, prejudicada (1) pelo recuo das commodities e (2) pelo forte tombo das ações de bancos e siderúrgicas.
- DÓLAR 0,2% à R$ 2,03, abriu em leve queda, para na mínima recuar –0,2%, porem passou a subir no início da parte da tarde, novamente com poucos negócios e pouca volatilidade, acompanhando a forte piora do ''humor'' na Bovespa e a maior aversão ao risco nos demais mercados mundiais.
- Na ÁSIA, seguindo o desempenho negativo das demais bolsas mundiais no dia anterior, JAPÃO –0,2%, CORÉIA –0,3% e CHINA –0,2%, desta vez prejudicadas pelas preocupações com a desaceleração do crescimento global, depois que o índice de confiança empresarial da Alemanha recuou em SET/12 pelo quinto mês consecutivo e a Caterpillar cortou sua previsão de lucros.
- Na EUROPA, revertendo uma abertura negativa, INGLATERRA 0,4%, FRANÇA 0,5% e ALEMANHA 0,2%, após dados otimistas sobre a economia norte-americana elevarem o ânimo sobre as perspectivas de crescimento global a caminho da temporada de resultados do terceiro trimestre.
- Nos EUA, em mais um dia de perdas, S&P –1,0%, DJ –0,7% e NASDAQ –1,5%, prejudicadas pelas ações da Caterpillar, que recuaram –4,2% após a empresa reduzir suas projeções de lucro, e pelas ações da Apple, que recuaram –2,5% diante das dúvidas a respeito da capacidade da empresa de atender à demanda pelo iPhone 5.
Economia:
Dando 4 novos sinais positivos da economia brasileira, (1) em AGO/12 a demanda de passageiros por transporte aéreo doméstico cresceu 6,72% na comparação com AGO/11, (2) em SET/12 o Índice de Confiança do Consumidor de SP cresceu 1,3% na comparação com AGO/12, (3) no fim deste ano serão geradas 155 mil vagas de trabalho temporário, o que representará um aumento de 5,5% em relação ao ano passado e (4) em SET/12 o Índice de Confiança da Industria brasileira cresceu 3,5% na comparação com SET/11 e 0,9% na comparação com AGO/12.
Confirmando mais uma vez que o governo Lula atingiu seu objetivo de reduzir a desigualdade social no Brasil, entre 2010 e 2011 o salário dos 10% mais pobres da população brasileira (23,4 milhões de pessoas) cresceu 91,2% e a renda dos 10% mais ricos aumentou ''apenas'' 16,6% no mesmo período, com isto o coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social do país, atingiu 0,527pts em 2011, o que representa o menor patamar da história brasileira.
Elevando substancialmente a capacidade e a eficiência energética do Brasil, segundo dados coletados pela Empresa de Pesquisa Energética, a entrada da produção do pré-sal com mais força a partir de 2016 vai melhorar significativamente a qualidade do petróleo brasileiro, já que o percentual de petróleo leve subirá dos atuais 8,4% de participação para 19,2%.
Pressionado pelo aumento dos preções dos alimentos, o IPC de São Paulo subiu 0,41% na terceira quadrissemana de setembro, ante alta de 0,35% na segunda quadrissemana do mês.
- A CSN recuou -8,8%, após notícia de que a empresa estaria preparando oferta pela Companhia Siderúrgica do Atlântico, que por sua vez tem causado grandes prejuízos ao conglomerado industrial alemão ThyssenKrupp.
- O Bradesco caiu –6,6% e o Itaú recuou 06,1%, ''temendo'' os efeitos da pressão do governo por redução de spreads e juros bancários.
- A Usiminas desabou –8,5%, após o Goldman Sachs ter reduzido para "neutra" a recomendação para a empresa.
Política:
Alfredo Sequeira Filho