R.B. 15/JUN/12 ''Vergonha na cara''


R.B.

"Vergonha na cara"

 

São Paulo, 15 de junho de 2012 (SEXTA-FEIRA).


Mercados:

 

HOJE

-    A BOVESPA deve subir, em um movimento de ''caça de barganhas'' e acompanhando a nova melhora do ''humor'' nas demais bolsas mundiais, que já precificaram o pior cenário para as eleições gregas.

-    O DÓLAR pode voltar a cair, acompanhando a trajetória internacional da moeda norte-americana e também ainda influenciado pela atitude do governo, de alterar o IOF para empréstimos externos, e pela conseqüente interpretação de que devem vir mais medidas em relação ao câmbio.

 

ONTEM

-    BOVESPA %, já abriu em queda e, mesmo com o desempenho positivo das bolsas de NY, manteve-se em baixa ao longo de ''quase'' todo pregão, com bom volume de negócios e pressionada principalmente pela forte baixa nas ações da Petrobrás (-3,9%).

-    DÓLAR -0,7% à R$ 2,06, já abriu em queda e, interrompendo uma sequência de 3 pregões consecutivos de alta, manteve a trajetória descendente ao longo de todo pregão, influenciado pela decisão do governo de reduzir, de 5 para 2 anos, o prazo sobre empréstimos externos que tem incidência da alíquota de 6% do IOF.

-    Na ÁSIA, acompanhando as perdas nas demais bolsas mundiais no dia anterior, JAPÃO -0,1%, CORÉIA -0,5% e CHINA -1,0%, já que dados fracos de vendas no varejo dos EUA geraram novas preocupações com o lento crescimento econômico mundial.

-    Na EUROPA, em mais um dia de perdas, INGLATERRA -0,7%, FRANÇA -0,8% e ALEMANHA -0,8%, refletindo o mau humor do mercado após a Moody's reduzir sua ''nota'' de crédito para a Espanha e para o Chipre e com destaques de queda para as ações do banco Credit Suisse (-8,2%), após o BC da Suíça afirmar que a instituição precisava de um "aumento significativo" de capital neste ano para se preparar para os riscos de uma eventual escalada da crise da Zona do Euro.

-    Nos EUA, revertendo uma abertura negativa, S&P 1,1%, DJ 1,2% e NASDAQ 0,6%, após notícias de que os principais BCs mundiais estão preparando uma ação coordenada para o caso de as eleições gregas deste fim de semana gerarem desordem nos mercados financeiros.


Economia:
 
Para não dependerem o ''humor'' dos eleitores gregos, que neste final de semana decidem no voto sobre o futuro do país e também quiçá da zona do euro, os maiores BCs do mundo já tem preparadas algumas medidas de impacto para estabilizar os mercados financeiros, garantir liquidez e evitar uma falta de crédito, caso o resultado na Grécia aponte para o caos.
 
Com o objetivo de estimular os investimentos, hoje Dilma anunciará, durante uma reunião com os 27 governadores brasileiros, uma linha de financiamento do BNDES, em valor superior a R$ 10bi, para projetos de infraestrutura.
 
Diante da ainda fraca recuperação da economia interna e da expectativa de inflação mais baixa neste ano, o Itaú reduziu, de 7,75% para 7,50%, sua ''aposta'' para o valor da taxa básica de juros da economia brasileira no final de 2012.
 
Após reduzir, de 5 para 2 anos, o prazo sobre empréstimos externos que tem incidência da alíquota de 6% do IOF, o governo Dilma já estuda novas medidas para melhorar o fluxo de recursos externos e diminuir a volatilidade no câmbio, entre elas reduzir a alíquota do IOF na posição líquida vendida em derivativos cambiais e nos investimentos estrangeiros em renda fixa.
 
Dando 2 novos sinais positivos da economia brasileira, (1) em MAI/12 o nível de emprego da indústria de transformação paulista aumentou 0,8% na comparação com ABR/12, com a criação de 21 mil vagas de trabalho e (2) em ABR/12 as  vendas do comércio varejista subiram 6% na comparação com ABR/11.
 
-    A Petrobras caiu -3,9%, para o menor valor desde OUT/11, já que o ''mercado'' não gostou do seu plano de investimentos, que teve uma redução nas metas de produção de petróleo e gás entre 2012 e 2016.

Política:
 
Hoje, durante uma reunião que terá com os 27 governadores brasileiros, a presidenta Dilma tentará avançar com a reforma tributária, modificando o ICMS para assim acabar com a chamada "guerra fiscal".
 
Após revelar que 2 dos integrantes da CPI do Cachoeira (os deputados Ciro Nogueira, do PP, e Maurício Quintella Lessa, do PR) estiveram em um restaurante em Paris, na Semana Santa, com Fernando Cavendish, então presidente da Delta, o deputado Miro Teixeira reclamou da decisão da referida Comissão de, por 16 votos a 13, barrar a convocação de Cavendish.
 
Às vésperas de o Conselho de Ética votar o relatório sobre a cassação do mandato do senador Demóstenes Torres, os advogados do parlamentar pediram ao Supremo Tribunal Federal que suspenda o processo disciplinar alegando que seu cliente não teve o direito de produzir provas técnicas relacionadas às gravações de conversas telefônicas.
 
As investigações do Ministério Público sobre um suposto esquema de propina no setor de aprovação de obras da prefeitura de SP já avançam sobre funcionários do alto escalão da gestão do prefeito Gilberto Kassab.

Crítica:
 
Mostrando mais uma vez que não tem ''vergonha na cara'', os deputados Federais articulam reajustar a verba de gabinete dos deputados de R$ 60 mil para R$ 75 mil ao mês, dinheiro que é utilizado para contratar até 25 assessores sem concurso e que se aprovado terá um impacto adicional de R$ 92,3mi ao ano nas contas publicas.

PAZ, amor e bons negócios;

Alfredo Sequeira Filho


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