Mercados:
HOJE
- A BOVESPA deve subir, em um movimento de recuperação após 7 pregões consecutivos de queda, influenciada pela breve redução da tensão na Europa e pelas ''apostas'' de que o Copom seguirá cortando a Selic na reunião da próxima semana.
- O DÓLAR pode cair, em um ''ajuste técnico'' após atingir o maior patamar desde JUL/09 ao acumular alta de 4,98% no mês e de 7,12% no ano, acompanhando a provável melhora do ''humor'' na Bovespa.
ONTEM
- BOVESPA 0,6%, abriu em alta, para na máxima avançar 2,4%, ''comemorando'' o resultado da Petrobrás, cujas ações fecharam com valorização de 4,5%, porem, com bom volume de negócios (R$ 8,8bi), novamente perdeu ''forças'' e passou a cair no inicio da tarde, ainda ''temendo'' a turbulência política na Grécia.
- DÓLAR 0,1% à R$ 2,00, abriu em queda e, em um pregão marcado pela forte volatilidade, já que na mínima atingiu R$ 1,98 e na máxima atingiu R$ 2,01, fechou no mesmo patamar do dia anterior, confirmando a indefinição do mercado cambial.
- Na ÁSIA, ainda acompanhando o ''humor negativo'' das bolsas da Europa no dia anterior, para fecharem próximas dos menores patamares dos últimos 4 meses, JAPÃO 1,1%, CORÉIA 3,1% e CHINA 1,2%, com destaques de queda para as ações de bancos, diante do aumento das preocupações de que a Grécia está na iminência de sair da zona do euro depois do fracasso de uma semana de negociações.
- Na EUROPA, em mais um pregão marcado pela forte volatilidade, INGLATERRA 0,6%, FRANÇA 0,3% e ALEMANHA 0,3%, também com destaques de queda para as ações de bancos, diante de ''rumores'' de que o BC Europeu interrompeu suas operações monetárias com alguns bancos gregos que não conseguiram se recapitalizar com sucesso.
- Nos EUA, em queda pelo quarto pregão consecutivo, S&P 0,4%, DJ 0,3% e NASDAQ 0,7%, diante do aumento das ''apostas'' de que a Grécia sairá da zona do euro e mesmo com os sinas do FED (''BC'' local) de que pode ocorrer uma nova rodada de estímulos à economia do país, que está crescendo em ritmo moderado.
Economia:
Ontem, durante uma reunião com representantes do varejo, Mantega, ministro da Fazenda, ''avisou'' que o governo Dilma tem muita "bala na agulha" para tomar as providências necessárias para manter o ritmo de crescimento da economia brasileira.
Já admitindo que o Brasil não deve crescer 4,5% este ano, Arno Augustin, secretário do Tesouro Nacional, afirmou ontem que, dada a volatilidade dos mercados internacionais, o momento é de cuidado e preocupação com o crescimento da atividade no país, ressaltando inclusive que o governo Dilma pode antecipar receitas de estatais para garantir o cumprimento da meta cheia do superávit primário.
Com o objetivo de dar mais transparência às decisões que toma, ontem o BC anunciou que já a partir da próxima reunião do Copom, que aliás ocorrerá na semana que vem, serão divulgados os votos e as justificativas de cada diretor para a trajetória da taxa básica de juros da economia, a Selic.
Diante do aumento da renda, principalmente das classes menos abastadas da sociedade, no ano passado o setor de planos médicos e odontológicos encerrou 2011 com faturamento de R$ 83,4bi, o que representa um crescimento de 11,7% quando comparado a 2010.
Já influenciado pela piora do cenário externo, o otimismo das famílias brasileiras em relação à realidade socioeconômica do país caiu de 67,7pts, em MAR/12, para 67pts, em ABR/12, atingindo com isto o menor patamar do ano e confirmando uma tendência de baixa que vem sendo observada desde o pico registrado em JAN/12.
Mesmo com a taxa básica de juros no menor patamar da história (9,0% ao ano) e os bancos públicos pressionado os bancos privados para reduzirem seus spreads, no começo deste mês a média taxa de juros cobrada pelos bancos no cheque especial estava em estratosférico 8,46% ao mês, o que por mais incrível que possa parecer representa o menor patamar desde MAR/08.
Mostrando que tem ''gordura para queimar'', se adequando à nova realidade e principalmente se ajustando as medidas correlatas já adotadas pelo Banco do Brasil e pela Caixa, ontem o Bradesco anunciou a redução da taxa de administração de 4 fundos de investimento, a maioria deles de renda fixa e que perdem rentabilidade com a queda da Selic, e a diminuição do valor mínimo de ingresso em 10.
Influenciado pelas persistentes preocupações sobre a Grécia e pelo aumento das reservas nos EUA, que atingiram o seu nível mais alto em 22 anos, ontem o petróleo fechou em baixa de -1,24% e no nível mais baixo dos últimos 6 meses.
Dando um importante sinal de controle da inflação, que aliás vem em boa hora já que na semana que vem tem reunião do Copom, o IPC da segunda quadrissemana de MAI/12 ficou em 0,48%, patamar abaixo do apurado na semana anterior (0,55%) e também aquém da média das ''apostas do mercado'' (0,55%).
Política:
Burocratizando ainda mais as relações trabalhistas, o que aliás vai da contra-mão de uma tendência mundial, ontem o ''nobres senadores'' aprovaram um projeto de Lei que obriga o empregador a notificar, pessoalmente ou por correio e posteriormente em um jornal de circulação local, o funcionário que abandonar o emprego por 30 dias seguidos para poder demiti-lo por justa causa.
Colocando a pizza no forno, ontem o senador petista Humberto Costa, que é relator do processo que investiga a quebra de decoro por parte do senador Demóstenes Torres, afirmou ontem que quer que o parecer final do Conselho de Ética seja votado no plenário do Senado antes do recesso parlamentar, que começa no dia 17/JUL/12.
Segurando as lagrimas, Dilma afirmou ontem, durante a instalação da Comissão da Verdade, que o Brasil merece a verdade, as novas gerações merecem a verdade e, sobretudo, merecem a verdade factual aqueles que perderam amigos e parentes e que continuam sofrendo como se eles morressem de novo e sempre a cada dia.
Dando uma ótima noticia, ontem o petista Mercadante, que é ministro da Educação, anunciou que sua pasta criará em breve uma prova nacional para medir o grau de alfabetização de crianças de 7 e de 8 anos.
Crítica:
Infelizmente indicando que, diante da crise financeira na Europa, a sustentabilidade está ''fora de moda'', a Rio+20, que é a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, corre um sério risco de ser um grande fiasco, pois mesmo com a redução de 1/3 no valor das diárias dos hotéis do RJ, muitas delegações e chefes de Estado ainda não confirmaram a presença no evento.
PAZ, amor e bons negócios;
Alfredo Sequeira Filho
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