R.B.
"Liquidação total"
São Paulo, 28 de março de 2012 (QUARTA-FEIRA).
HOJE
- A BOVESPA deve subir, respeitando novamente o suporte dos 66.000pts, impulsionada pelas perspectivas de redução dos problemas nos países do ''primeiro mundo'' e de bom desempenho da economia brasileira.
- O DÓLAR pode cair, principalmente se forem refutados os ''rumores'' de taxação dos investimentos estrangeiros diretos, o que deve ajudar a moeda norte-americana a fechar o mês abaixo dos R$ 1,80.
ONTEM
- BOVESPA -1,0% (aos 66.037pts), abriu em alta, para na máxima avançar 0,3%, porem passou a cair na parte da tarde, diante do recuo das commodities e de dados abaixo do esperado nos EUA.
- DÓLAR 0,1% à R$ 1,82, abriu em queda, para na mínima atingir R$ 1,80, porem passou a subir na parte da tarde, diante de ''rumores'' de que o governo Dilma estaria avaliando elevar a alíquota do IOF sobre todas as transações que envolvam conversão da moeda.
- Na ÁSIA, acompanhando o bom desempenho das demais bolsas mundiais no dia anterior, JAPÃO 2,4% (no maior patamar dos últimos 12 meses), CORÉIA 1,0% e CHINA 0,1%, ''animadas'' com o discurso de Bernanke, presidente do Fed (''BC'' dos EUA), que afirmou que o afrouxamento de políticas monetárias ainda é necessário para reduzir o desemprego nos EUA.
- Na EUROPA, revertendo uma abertura positiva, INGLATERRA -0,6%, FRANÇA -0,9% e ALEMANHA -0,1%, prejudicadas principalmente pelos papéis ligados ao setor de petróleo, com destaque negativo para os da francesa Total, que recuou -6,0% após alertar que a contenção de um grande vazamento de gás na plataforma de petróleo de Elgin, no Mar do Norte, pode demorar seis meses.
- Nos EUA, realizando lucros após atingirem as máximas em quase 4 anos, S&P -0,3%, DJ -0,3% e NASDAQ -0,1%, já que com o primeiro trimestre terminando na sexta-feira, administradores de portfólios compram papéis para elevar o desempenho de suas carteiras.
Podendo cometer o maior erro de sua política econômica, segundo ''rumores'' circula na alta cúpula do governo Dilma uma proposta de cobrança de alíquotas mais pesadas do IOF sobre quaisquer transações que envolvam conversão de moeda, inclusive para os investimentos estrangeiros diretos, que são aqueles destinados ao setor produtivo da economia.
Otimista como sempre, ontem Tombini, presidente do BC, defendeu os últimos passos dados na política monetária brasileira e assegurou que o BC tem o controle das rédeas da inflação no País, ''garantindo'' inclusive que o IPCA vai convergir para o centro da meta de 4,5% ainda este ano.
Dando mais um importante sinal positivo da economia brasileira, em FEV/12 a arrecadação de tributos federais somou R$ 71,9bi, o que representa uma alta de 5,91% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Estimulados pelas recentes reduções da taxa básica de juros, nos 2 primeiros meses deste ano foi de R$ 10,8bi o volume de empréstimos com recursos da caderneta de poupança para a construção e compra de imóveis, o que representa um aumento de 10,2% ante igual intervalo em 2011.
Como reflexo negativo dos sucessivos recordes na venda de veículos no Brasil, em FEV/12 a taxa de inadimplência no pagamento dos financiamentos de automóveis chegou a 5,52% da carteira de crédito para pessoa física, o que representa o maior patamar da série do BC, iniciada em 2000.
Ajudando no controle da inflação, na semana passada o valor da cesta básica no município de SP registrou queda de -0,52% na comparação com a semana anterior, elevando assim o recuo acumulado no mês de MAR/12 para -1,53%.
- A OGX caiu -3,5%, após anunciar a emissão de US$ 1,1bi em bônus de 10 anos.
- A Cyrela recuou -3,9%, mesmo após ter reportado crescimento de 120% no lucro líquido do quarto trimestre de 2011.
Alfredo Sequeira Filho