R.B.
"Cada dia mais milionários"
São Paulo, 26 de março de 2012 (SEGUNDA-FEIRA).
HOJE
- A BOVESPA deve subir, tentando iniciar um movimento de recuperação das perdas acumuladas na semana passada (-2,8%), beneficiada pela valorização das commodities e pela leve melhora do ''humor'' nas demais bolsas mundiais.
- O DÓLAR pode cair, tentando devolver uma parte da forte alta acumulada no mês (5,2%), ainda influenciado pela provável melhora do ''humor'' na Bovespa e pela manutenção do fluxo positivo de recursos externos.
SEXTA-FEIRA
- BOVESPA -0,1% (aos 65.812pts), abriu em alta, para na máxima atingir 66.252pts, porem passou a cair ainda na parte da manha e fechou em leve baixa, principalmente ''temendo'' dados negativos da economia chinesa.
- DÓLAR -0,7% à R$ 1,81, abriu ''de lado'', para na máxima avançar 0,2%, porem passou a cair ainda na parte da manhã, seguindo a trajetória internacional da moeda norte-americana para interromper uma sequência de 4 dias de valorização.
- Na ÁSIA, seguindo as perdas das demais bolsas mundiais no dia anterior, JAPÃO -1,1%, CORÉIA -0,1% e CHINA -1,1%, com destaques de queda para ações de empresas do setor de commodities, ainda prejudicadas pela divulgação de dados que mostraram uma menor atividade industrial na China e na zona do euro.
- Na EUROPA, reduzindo as perdas acumuladas na semana, que aliás foi a semana mais negativa do ano, INGLATERRA 0,2%, FRANÇA 0,1% e ALEMANHA 0,2%, beneficiadas pela ações ligadas a matérias-primas, após o maior produtor de cobre do mundo, a chilena Codelco, registrar forte aumento de lucro e crescimento na produção.
- Nos EUA, com baixos volumes de negócios, S&P 0,3%, DJ 0,3% e NASDAQ 0,1%, também beneficiadas por avanços de ações ligadas a energia e matérias-primas e pelos sinais de relutância dos investidores em abandonar o mercado de ações diante do baixo patamar dos juros e da abundância de crédito.
Mostrando que, alem de ter uma classe média crescente, o Brasil tem ''cada dia mais milionários'', em DEZ/11 o número de clientes de "private banking", que são aqueles que possuem pelo menos R$ 1mi em aplicações, cresceu 5,7% ante DEZ/10 e chegou a 50,6 mil.
Segundo Nelson Barbosa, secretário-executivo do ministério da Fazenda, o Brasil conseguiu passar sem tanta turbulência pela crise por ter aplicado políticas públicas nos últimos anos que privilegiavam a distribuição de renda, e não somente aspectos econômicos pontuais, como a taxa de câmbio ou a taxa de juros.
Visando reduzir mais a selic e também os riscos de crédito no momento em que o país comemora a expansão dos empréstimos a pessoas físicas, na sexta-feira passada o BC anunciou que passará a monitorar as operações de empréstimo em todo o país com valores acima de R$ 1.000,00.
Com os consumidores usando cada vez mais cartão de crédito e cada vez menos cheque, em 2011 o valor médio dos pagamentos com cheques em SP registrou aumento de 27,62% na comparação com 2010.
Aproveitando-se da valorização do real e da crise dos países do ''primeiro mundo'', nos 2 primeiros meses deste ano os turistas brasileiros gastaram US$ 3,7bi, o que representa um recorde histórico e um crescimento de 19,3% na comparação com igual período do ano passado.
Em 2011 o volume de produtos transportados por contêineres nos portos do país cresceu 13% na comparação com 2010, o que mostra que o Brasil aumentou o volume de importação e exportação de produtos com maior valor agregado, embora ainda seja majoritariamente um negociador de produtos primários.
- A Petrobrás caiu -0,4%, porem no final de semana Maria das Graças Foster, a presidenta da empresa, afirmou que se o preço do barril de petróleo seguir no atual patamar de US$ 120, o que é previsto por alguns analistas, será "inexorável" fazer um reajuste nos combustíveis.
- A Lojas Renner subiu 3,1% e a Lojas Americanas avançou 2,9%, após o anuncio de que em JAN/12 as vendas no varejo brasileiro cresceram 2,6% ante DEZ/11, patamar acima do esperado.
- A OGX recuou -4,5%, após informar que teve prejuízo de R$ -509,8mi em 2011 e que vai perfurar 26 poços em 2012, ante 19 poços originalmente previstos.
- A Brasil Foods caiu -1,8%, porem no final de semana a agencia de classificação de risco Moody's elevou sua ''nota'' para a empresa.
Política:
PAZ, amor e bons negócios;
Alfredo Sequeira Filho