R.B.
"É mais fácil ser ecológico quando se tem tecnologia"
São Paulo, 23 de março de 2012 (SEXTA-FEIRA).
HOJE
- A BOVESPA deve subir, tentando uma recuperação após 3 pregões consecutivos de perdas, beneficiada pela valorização das commodities e pela leve melhor do ''humor'' nas demais bolsas mundiais.
- O DÓLAR pode cair, em um ''ajuste técnico'' após 4 pregões consecutivos de alta, influenciado pela provável melhor do ''humor'' na Bovespa e pela manutenção do fluxo positivo de recursos externos.
ONTEM
- BOVESPA -1,5%, já abriu em queda e, novamente acompanhando o ''humor negativo'' das demais bolsas mundiais, manteve a trajetória descendente ao longo de todo pregão, influenciada principalmente por novos dados indicando uma desaceleração no crescimento da economia da China.
- DÓLAR 0,1% à R$ 1,82, já abriu em alta e manteve a trajetória ascendente ao longo de todo pregão, para na máxima atingir R$ 1,83, novamente acompanhando a trajetória internacional da moeda norte-americana.
- Na ÁSIA, revertendo uma abertura positiva, JAPÃO -0,3%, CORÉIA -0,1% e CHINA -0,1%, após dados terem mostrado que a atividade industrial da China encolheu pelo quinto mês consecutivo, renovando as preocupações com a desaceleração do crescimento na segunda maior economia do mundo.
- Na EUROPA, mais uma vez em baixa, para fecharem o dia acumulando a mais longa série de perdas dos últimos 4 meses, INGLATERRA -0,8%, FRANÇA -1,6% e ALEMANHA -1,3%, com destaques de queda para as mineradoras, como a Randgold (-12,6%), após a divulgação de dados fracos do índice gerencial de compra da China e da zona do euro.
- Nos EUA, seguindo o ''humor negativo'' da Europa e da Ásia, S&P -0,7%, DJ -0,6% e NASDAQ -0,4%, com destaque negativo para as ações da gigante de transporte de cargas Fedex, cujas ações recuaram -3,6% após a empresa anunciar que deverá crescer menos nos próximos trimestres.
Sem muito ''firula'', ontem Mantega, ministro da Fazenda, afirmou que o governo continuará fazendo políticas de intervenção no câmbio e tomará medidas para reduzir os custos financeiros, além de manter a política de redução da taxa básica de juros.
Segundo Paulo Skaf, presidente da Fiesp, a presidenta Dilma deve anunciar medidas de incentivo à economia após a viagem que fará para a Índia na próxima semana, aonde participará da cúpula dos Brics, que é o bloco que inclui Rússia, China, África do Sul, Brasil e Índia.
Dando novos sinais positivos da economia brasileira, (1) com a ascensão de membros das classes D e E, em 2011 a classe C chegou a 54% da população brasileira, contra 53% em 2010, (2) nos meses de DEZ/11, JAN/12 e FEV/12 as vendas de eletrodomésticos da linha branca tiveram, na média, aumento de 22,63% na comparação com DEZ/10, JAN/11 e FEV/11, (3) com um crescimento de 4,4% na comparação com o mesmo período de 2011, em FEV/12 o rendimento médio real dos ocupados atingiu o nível mais alto da série histórica (R$ 1.699,70), (4) a renda mensal disponível da população brasileira cresceu mais de 20% em 2011, passando de R$ 368 no ano anterior para R$ 449 e (5) em FEV/12 a taxa de desocupação no Brasil voltou a cair e chegou a 5,6% da população ativa, um novo recorde de baixa na série do IBGE.
''Apostando no Brasil'' (1) a Klabin, maior produtora e exportadora de papéis do país, anunciou investimento de R$ 6,8bi em uma nova fábrica de celulose no Paraná e (2) a JBS anunciou que em 2012 seus investimentos deverão ficar entre R$ 900mi e R$ 1bi.
Como fruto de uma troca promovida pelo governo em papéis mantidos por alguns fundos públicos, em FEV/12 a participação dos títulos públicos corrigidos pela taxa básica de juros na dívida federal total atingiu 27,8%, o que representa o menor patamar desde pelo menos 1997, o que dá mais liberdade ao BC para alterar a Selic sem se preocupar com o impacto sobre as despesas do próprio governo.
Apresentando mais um importante sinal de controle da inflação, o IPCA-15 desacelerou para 0,25% em MAR/12, ante 0,53% em FEV/12, o que representa o terceiro mês de perda do ritmo dos preços neste índice.
- A JBS caiu -7,1%, após anunciar que teve lucro líquido de R$ 25,6mi no quarto trimestre de 2011, revertendo um prejuízo de R$ -539,3mi no mesmo período do ano anterior.
- A Brasil Foods caiu -0,6% e, após o fechamento do pregão anunciou um lucro de R$ 1,4bi em 2011, alta de 70% na comparação com 2010.
Política:
Alfredo Sequeira Filho