R.B. 13/FEV/12 ''9 dedos bons, 1 dedo ruim''


R.B.

"9 dedos bons, 1 dedo ruim"

 

São Paulo, 13 de fevereiro de 2012 (SEGUNDA-FEIRA).


Mercados:

 

HOJE

-    A BOVESPA deve subir, com o primeiro objetivo de recuperar as perdas acumuladas na semana passada (-1,9%), acompanhando a melhora do ''humor'' nas demais bolsas mundiais, diante da aprovação do pacote de austeridade pelo parlamento da Grécia, e a valorização das commodities.

-    O DÓLAR pode cair, retornando à sua ''trajetória natural'' após registrar a primeira valorização semanal do ano na semana passada, acompanhando a provável melhora do ''humor'' na Bovespa e o fluxo positivo de recursos externos.

 

SEXTA-FEIRA

-    BOVESPA -2,3% (aos 63.997pts), já abriu em queda e, com bom volume de negócios (R$ 9,0bi), manteve a trajetória descendente ao longo de todo pregão, pressionada (1) pela forte baixa das ações da Petrobrás (-7,8%), (2) pelas perdas das demais bolsas mundiais, (3) pelo recuo dos preços do petróleo e (4) pela redução de 15% das importações da China em JAN/12 na comparação com JAN/11.

-    DÓLAR 0,3% à R$ 1,73, já abriu em alta e, acompanhando a piora do ''humor'' interno e externo, manteve a trajetória ascendente ao longo de todo pregão, para fechar a primeira semana de alta do ano.

-    Na ÁSIA, seguindo as perdas das demais bolsas mundiais no dia anterior, JAPÃO -0,6%, CORÉIA -1,0% e CHINA -0,2%, também prejudicadas pelo anuncio de que o comércio da China encolheu em JAN/12 sobre o ano anterior, com o fechamento de fábricas durante o Ano Novo Lunar exacerbando a desaceleração da demanda externa.

-    Na EUROPA, com investidores preocupados com o compromisso da Grécia com a reestruturação de sua dívida, INGLATERRA -0,7%, FRANÇA -1,5% e ALEMANHA -1,4%, com destaques de queda para as ações de bancos.

-    Nos EUA, também devolvendo lucros recentes, S&P -0,7%, DJ -0,7% (aos 12.801pts) e NASDAQ -0,8%, diante da indefinição sobre a liberação de um novo pacote de ajuda financeira à Grécia e da queda na confiança do consumidor norte-americano.


Economia:
 
Para se aproveitar do ótimo momento da economia brasileira e da abundancia de dinheiro no mercado internacional, o Brasil se prepara para emitir até US$ 1,5bi em bônus globais denominados em real neste ano, com um vencimento de 10 anos sendo o mais provável.
 
Confirmando o bom desempenho da economia brasileira, porem também influenciado pela redução do consumo do álcool, em JAN/12 o consumo de gasolina no Brasil cresceu 36% na comparação com JAN/11.
 
Passando o recado de que acreditam que não existe nada melhor para fazer com o seu dinheiro do que investir no seu próprio negócio, em 2011 o número de empresas brasileiras que realizaram OPAs (Ofertas Públicas de Aquisições) na Bovespa dobrou na comparação com o ano anterior.
 
Com o desemprego em baixa e uma enorme carência de mão-de-obra qualificada, principalmente no setor de construção civil, no ano passado os trabalhadores da Grande SP tiveram um reajuste de 8,1% na comparação com 2010, índice que supera a inflação do período (5,8% segundo o IPC-Fipe).
 
Indicando uma enorme disposição do seu país em se aproximar cada dia mais do Brasil, usando o provérbio ''9 dedos bons, 1 dedo ruim'' o novo embaixador da China no Brasil, Li Jinzhang, afirmou que as relações bilaterais atravessam seu melhor momento, ressaltando que existe entre os 2 países confiança mútua e estreita cooperação nos assuntos internacionais.
 
-    A Brasil Foods subiu 1,5%, após oficializar a incorporação da Sadia, uma das empresas que resultou na criação da holding.

Política:
 
Em uma negociação que passa pelo apoio do PT à candidatura de Kassab ao governo de SP em 2014, está 99% pronta a aliança que dará o apoio do PSD à candidatura do petista Fernando Haddad a prefeitura de SP este ano.
 
Sob a ameaça de consecutivas greves de policiais militares, a Câmara dos Deputados sofre pressão para votar o piso nacional da categoria, isto sem sequer conhecer com rigor o limite de cada estado para reajustar o salário da tropa.

Crítica:
 
Agora a sexta maior economia do mundo, o Brasil, que sempre foi um receptor de recursos humanitários, caminha a passos largos, ainda que sem alarde, para mudar de lado e entrar no rol dos países doadores, já que nos últimos 5 anos o país mais que dobrou os recursos aplicados em ajuda humanitária, bolsas de estudo para estrangeiros e cooperação técnica, científica e tecnológica e as contribuições para organizações internacionais.

PAZ, amor e bons negócios;

Alfredo Sequeira Filho


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