R.B.
"Deus é o caminho e ele é o pedágio"
São Paulo, 6 de junho de 2011 (SEGUNDA-FEIRA).
HOJE
- A BOVESPA deve subir, apesar da falta de ''animo'' nas demais bolsas mundiais, rumo aos 65.000pts diante dos novos sinais de bom desempenho da economia interna e de controle da inflação brasileira.
- O DÓLAR pode cair, acompanhando a possível melhora do ''humor'' na Bovespa e ainda influenciado pelo ''crescente e constante'' fluxo positivo de recursos externos oriundos de exportações, captações e ''investimentos''.
SEXTA-FEIRA
- BOVESPA 0,2%, abriu em queda, para na mínima recuar -0,7%, porem, com bom volume de negócios (R$ 6,0bi), foi se recuperando ao longo do pregão, principalmente diante de perspectivas mais otimistas para a inflação doméstica e do retorno crescente do capital estrangeiro.
- DÓLAR -0,1% à R$ 1,57, já abriu em queda e, seguindo de perto a tendência mundial de enfraquecimento da moeda norte-americana, manteve a trajetória descendente ao longo de todo pregão, para fechar a semana acumulando baixa de -1,5%.
- Na ÁSIA, sem uma tendência única, JAPÃO -0,7%, realizando lucros, em um movimento de cautela em relação aos dados do mercado de trabalho dos EUA que seriam divulgados mais tarde, CHINA 0,8%, se beneficiando da presença de investidores em busca de ofertas de ocasião entre as blue chips e CORÉIA -0,1%, já que a valorização dos setores financeiro e de construção teve como contraponto as perdas entre as empresas químicas e de tecnologia.
- Na EUROPA, sustentadas principalmente pela notícia de que as conversações entre a Grécia e uma delegação de inspetores europeus e internacionais sobre o programa de reformas do país tinham sido concluídas "positivamente", INGLATERRA 0,1%, FRANÇA 0,1% e ALEMANHA 0,5%, com destaques de alta para as ações de bancos, como Commerzbank (4,2%) e Deutsche Bank (1,9%).
- Nos EUA, fechando negativamente a quinta semana consecutiva de perdas, S&P -1,0%, DJ -0,8% e NASDAQ -1,5%, após o relatório do mercado de trabalho do país reforçar a percepção de que a economia está desacelerando.
Esta semana tem reunião do Copom e, mesmo com os recentes sinais de controle da inflação, a grande maioria do ''mercado'' ainda ''apostas'' que a autoridade monetária irá elevar a Selic em 0,25%, 12% para 12,25% ao ano.
Diante da boa expansão do PIB brasileiro no primeiro trimestre deste ano (1,3%), a Confederação Nacional da Indústria aumentou, de 3,5% para 3,8%, suas estimativas para o desempenho da economia tupiniquim em 2011.
Entrando na baixa, em MAI/11 os investidores estrangeiros, entre compras e vendas diárias de ações, deixaram R$ 2,9bi na Bolsa de Valores brasileira, o que representa o primeiro saldo positivo após 3 meses consecutivos de retiradas e o melhor desempenho mensal deste indicador desde SET/10.
Para ajudar a segurar a cotação do dólar, o Tesouro Nacional ''avisou'' que poderá comprar mais moeda norte-americana no mercado interno para pagar antecipadamente dívidas com organismos multilaterais, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento.
Disposto a ''quase tudo'' para se tornar o homem mais rico do mundo, o bilionário Eike Batista ''avisou'' que está interessado em ingressar na concessionária responsável pela usina hidrelétrica de Belo Monte, empreendimento que é alvo de fortes críticas de ambientalistas.
Ajudando no controle da inflação, (1) o preço médio do álcool combustível nos postos do Brasil fechou a semana passada com queda de -2,12% e já acumula uma perda de -15,8% em relação à primeira semana de MAI/11 e (2) nos 3 primeiros meses de 2011 o investimento no Brasil voltou a acelerar e teve alta de 1,2%, contra 0,4% no quarto trimestre de 2010,
Como fruto das alterações na Lei do Inquilinato e do aumento no número de pessoas empregadas, em ABR/11 as ações locatícias ajuizadas na cidade de SP foram -10,2% menores que em ABR/10 e atingiram o menor patamar desde o início do levantamento, em 1993.
Principalmente diante do acidente ocorrido no Japão, segundo a Empresa de Pesquisa Energética, responsável pelo planejamento energético brasileiro. a construção de novas usinas nucleares no país poderá ser feita num ritmo mais lento do que o previsto.
Com planos nada modestos, a Petrobrás ''avisou'' que em menos de 10 anos produzirá mais que qualquer outra companhia petroleira listada em Bolsa no mundo, prevendo elevar a sua produção para 6 milhões de barris de óleo equivalente por dia em 2020, quase o triplo do que a estatal produz atualmente.
Alfredo Sequeira Filho