R.B.
"Velocidade de cruzeiro"
São Paulo, 21 de junho de 2011 (TERÇA-FEIRA).
HOJE
- A BOVESPA deve subir, ainda em um movimento de recuperação de perdas recentes, acompanhando a melhora do ''humor'' nas demais bolsas mundiais e também influenciada positivamente pelos sinais de crescimento sustentável da economia brasileira.
- O DÓLAR pode seguir em queda, consolidando-se novamente abaixo dos R$ 1,60, acompanhando a melhora do ''humor'' na Bovespa e ainda influenciado pela manutenção do fluxo positivo de recursos externos.
ONTEM
- BOVESPA 0,2%, abriu em queda, para na mínima recuar –0,3%, porem passou a subir ainda na parte da manhã, para na máxima avançar 0,8%, seguindo a melhora do ''humor'' nas bolsas de NY e ''animada'' pela elevação da ''nota'' do Brasil pela Moody's.
- DÓLAR -0,1% à R$ 1,59, já abriu ''de lado'' e, dividido entre a os ''temores'' com os desdobramentos da crise grega e a elevação da ''nota'' do Brasil pela Moody's, manteve a trajetória indefinida ao longo de todo pregão.
- Na ÁSIA, sem uma tendência única, JAPÃO 0,1%, sustentada por ações de empresas de serviços públicos, depois que o primeiro-ministro Naoto Kan prometeu a retomada do funcionamento das usinas nucleares após as checagens de segurança, CHINA -0,8%, a segunda queda consecutiva, e no pior fechamento desde 29/SET/10, com destaques de queda para as companhias dependentes de exportação, diante das contínuas preocupações de que a valorização da moeda local (o yuan) frente ao dólar e CORÉIA -0,6%, com destaques de queda para empresas do setor de tecnologia, como Samsung (-2,8%) e LG (-1,4%).
- Na EUROPA, depois de os países da região adiarem mais uma vez decisões sobre o auxílio financeiro à Grécia, INGLATERRA –0,4%, FRANÇA –0,6% e ALEMANHA –0,2%, novamente com destaques de queda para as ações de bancos, como Lloyds Banking (-2,6%), BBVA (-1,1%) e UniCredit (-2,2%).
- Nos EUA, revertendo uma abertura negativa, com o S&P respeitando um importante suporte técnico, porem com baixos volumes de negócios, S&P 0,5%, DJ 0,6% e NASDAQ 0,5%, em um movimento de ''caça de barganhas'' diante das perdas recentes.
Pressionando o BC a seguir elevando a selic, o ''mercado'', mesmo com os recentes sinais de controle da inflação, reduziu em ''apenas'' 0,01% suas ''apostas'' para o IPCA de 2011, desta vez de 6,19% para 6,18%, o que representa a sétima semana consecutiva de queda nas expectativas.
Fazendo Carlos Lupi, ministro do Trabalho, reforçar suas ''apostas'' de que o Brasil encerrará 2011 com a geração de 3 milhões de empregos formais, superando assim o recorde histórico obtido em 2010, em MAI/11 a economia brasileira criou 252.067 mil empregos, elevando o saldo positivo do ano para 1,171 milhão de vagas de trabalho.
Diante de um cenário interno de demanda aquecida e contabilização de operações de novas unidades produtivas no país, em MAI/11 a produção brasileira de aço bruto foi 14,7% maior que em MAI/10, o que representa um crescimento bem maior que a média mundial (4,2%).
Dando mais um sinal positivo da economia interna, que aliás pode ajudar no controle da inflação, segundo um estudo da FGV para 36% das empresas brasileiras a expansão da capacidade de produção é o principal motivo para a realização de investimentos neste ano, seguido pelo o aumento da eficiência produtiva (33%).
Mostrando que, mesmo com a queda do dólar e com a crise na Europa, o comercio exterior brasileiro caminha muito bem, até o final da semana passada a balança comercial do Brasil acumulava um superávit de US$ 11,2bi em 2011, resultado é 49,6% maior que o verificado no mesmo período do ano passado.
Finalmente falando algo positivo para a Petrobrás, Mantega, ministro da fazenda, minimizou o novo adiamento na aprovação do plano de investimentos 2011-15 da empresa, ressaltando que o governo busca reduzir gastos com ajustes no cronograma dos projetos.
Política:
Alfredo Sequeira Filho