R.B.
"Não será complacente com o MST"
São Paulo, 5 de abril de 2011 (TERÇA-FEIRA).
HOJE
- A BOVESPA pode cair, seguindo as demais bolsas mundiais e em um ''ajuste técnico'' após fechar em território positivo por 5 pregões consecutivos, porem deve-se ressaltar que a tendência ainda é de alta, diante do elevado patamar dos preços das commodities e das boas perspectivas para a economia brasileira.
- O DÓLAR deve subir, também em um ''ajuste técnico'' influenciado pela nova elevação do IOF para captações externas, porem deve-se ressaltar que a tendência ainda permanece sendo de queda, diante do aumento da ''nota'' do Brasil e das ''apostas'' de nova alta da Selic.
ONTEM
- BOVESPA 0,6%, já abriu em alta e, seguindo o desempenho positivo das bolsas de NY, manteve a trajetória ascendente ao longo de todo pregão, para fechar o dia no maior patamar desde 19/JAN/11 (aos 69.703pts), também beneficiada pela forte recuperação das ações da Vale (2,3%) e pela elevação da ''nota'' do Brasil pela agência de classificação de risco Fitch Ratings.
- DÓLAR -0,2% à R$ 1,61, já abriu em queda e, mesmo com os fortes leilões de compra do BC, manteve a trajetória descendente ao longo de todo pregão, para fechar no menor patamar desde 8/AGO/08, seguindo o fluxo positivo de recursos externos.
- Na ÁSIA, sem uma tendência única e com poucos negócios, JAPÃO 0,1%, auxiliada pelo otimismo com a moeda local (o iene) mais fraca e com o relatório sobre emprego dos EUA divulgado na sexta-feira, CHINA não teve pregão por ser feriado e CORÉIA -0,2%, realizando lucros, principalmente entre as ações do setor de petróleo, após o índice atingir seu recorde histórico no pregão anterior.
- Na EUROPA, realizando lucros recentes, INGLATERRA 0,1%, FRANÇA -0,3% e ALEMANHA -0,1%, com destaques de queda para as ações de bancos, com investidores digerindo anúncios de acordos corporativos e ''temendo'' um aperto fiscal na zona do euro.
- Nos EUA, nos maiores patamares em 2 anos, porem ainda com baixos volumes de negócios, S&P 0,1%, DJ 0,2% e NASDAQ 0,1%, beneficiadas por alguma atividade nas fusões e aquisições, com discussões, compras, especulações, e a espera do discurso de Bernanke, presidente do Fed (''BC'' local).
Ressaltando que o potencial de crescimento do país aumentou, ao mesmo tempo em que o governo mostra maior contenção fiscal, o que pode permitir uma queda pesada dívida publica, ontem a Fitch Rating se tornou a primeira das 3 grandes agências de risco a elevar sua ''nota'' para o Brasil 2 graus acima do grau especulativo.
Com o objetivo de reduzir a ''enxurrada'' de dólares que atualmente vem para o Brasil, limitando o poder dos bancos de se alavancagem no exterior para conceder financiamentos no país, ontem, após o fechamento do pregão, o BC anunciou a ampliação da cobrança de 6% de IOF nos recursos captados no exterior com vencimento em até 1 ano.
Diante da crescente demanda e da baixa oferta de gasolina e álcool, Paulo Costa, diretor de abastecimento da Petrobras, ''avisou'' que a estatal não descarta a possibilidade de fazer novas importações.
Pressionando, mesmo com os recentes sinais de controle da inflação, o Copom a seguir aumentando a Selic nas suas próximas reuniões, o ''mercado'' elevou pela quarta semana consecutiva, desta vez de 6,00% para 6,02%, suas ''apostas'' para o IPCA deste ano, patamar cada vez mais distante do centro da meta (4,5%).
- A Vale subiu 2,3%, diante de ''rumores'', contrariados após o fechamento do pregão, de que Tito Martins seria o substituto de Roger Agnelli na presidência da empresa, o que não acabou ocorrendo já que o escolhido foi o administrador de empresas Murilo Pinto de Oliveira Ferreira, ex-diretor da mineradora.
Política:
Alfredo Sequeira Filho