R.B.
"Levando a oposição para o buraco"
São Paulo, 18 de abril de 2011 (SEGUNDA-FEIRA).
HOJE
- A BOVESPA deve subir, dando seqüência ao movimento de recuperação das perdas acumuladas na semana passada -2,9%, impulsionada pela valorização das commodities e pela manutenção das perspectivas positivas para a economia brasileira.
- O DÓLAR pode voltar a cair, já que prevalece ainda a desconfiança do mercado quanto à efetividade das medidas oficiais para conter a desvalorização da moeda norte-americana, considerada por muitos como um mecanismo auxiliar do governo no combate à inflação.
SEXTA-FEIRA
- BOVESPA 0,6%, abriu ''de lado'', para na mínima recuar -0,5%, porem passou a subir na parte da tarde, seguindo a valorização das demais bolsas mundiais e sustentada pela recuperação dos papéis da Petrobras (2,1%), diante de ''rumores'' de que o governo reduzirá a CIDE para compensar a alta do petróleo no mercado internacional.
- DÓLAR -0,2% à R$ 1,58, já abriu em queda e, seguindo a tendência internacional da moeda norte-americana, manteve a trajetória descendente ao longo de todo pregão, mesmo com os leilões de compra do BC.
- Na ÁSIA, sem uma tendência única, JAPÃO -0,6%, com destaque de queda para a Tokyo Electric Power (-6,2%), diante das preocupações com os custos de compensação à população que teve que deixar a área da usina nuclear Fukushima Daiichi, após o acidente nuclear do complexo, CHINA 0,3%, no maior nível de fechamento desde 11/NOV/10, com destaques de alta para ações de bancos e imobiliárias e CORÉIA 0,0%, dividida entre a realização de lucros das ações de montadoras e o bom desempenho das varejistas.
- Na EUROPA, com ajuda de ações individuais e de indicadores econômicos positivos nos EUA, INGLATERRA 0,5%, FRANÇA 0,1% e ALEMANHA 0,5%, com destaques de alta para as varejistas, ajudadas pela notícia de que as vendas da rede de supermercados Waitrose, que não é listada em bolsa, aumentaram 25% na semana passada, em comparação com o mesmo período de 2010.
- Nos EUA, em mais um pregão de recuperação, S&P 0,4%, DJ 0,5% e NASDAQ 0,2%, desta vez impulsionadas por indicadores econômicos encorajadores, apesar da manutenção da cautela antes da semana em que 1/5 das empresas que integram o S&P irão reportar seus resultados.
Esta semana tem reunião do Copom e, com o ''mercado'' esperando alta dos preços dos alimentos, reajuste da gasolina e manutenção do aquecimento da economia, é difícil encontrar economistas com apostas menores que uma elevação de 0,5% na Selic.
Respondendo aos ataques da oposição, que agora fala que seu governo desistiu de controlar a inflação, Dilma reiterou seu compromisso com o combate à inflação e com a estabilidade fiscal, sem deixar de lado o crescimento econômico e a inclusão social.
Também respondendo à oposição, Tombini, presidente do BC, afirmou que a autoridade monetária brasileira "tem mais trabalho a fazer pela frente" e, depois de ressaltar que o Brasil é um dos líderes globais no aperto monetário, indicou que o país está no meio de um ciclo de aperto monetário.
''Instigado'' por Mantega, o Brasil decidiu levar a ''guerra cambial'' à julgamento na OMC, já que acredita que a subvalorização, supostamente forçada, das moedas norte-americana e chinesa estão facilitando as exportações de ambos os países.
Indicando porque os bancos brasileiros são os que mais lucram no mundo, segundo uma pesquisa do Procon-SP, em ABR/11 os juros do cheque especial chegaram a 9,35% ao mês, ante 9,31% em MAR/11, registrando com isto a maior taxa média desde JUN/03.
Confirmando mais uma vez qual o principal ''gargalo brasileiro'', o maior desafio da Foxconn, que na sexta-feira passada anunciou que investirá US$ 12bi para fabricar eletrônicos e telas de cristal líquido no Brasil, é encontra mão de obra qualificada.
Mesmo com uma infraestrutura ''capenga'', no ano passado o Brasil recebeu 5,16 milhões de turistas estrangeiros, o que representa um aumento de 7,5% em relação a 2009, quando 4,8 milhões de estrangeiros vieram ao país.
- Recuando na comparação com o mesmo período de MAR/11 (0,85%), o IGP-M de ABR/11 ficou em 0,56%, acumulando com isto uma alta de 2,95% no ano e de 11,06% nos últimos 12 meses.
Política:
Alfredo Sequeira Filho