R.B.
"Herança positiva"
São Paulo, 29 de março de 2011 (TERÇA-FEIRA).
HOJE
- A BOVESPA pode subir, em um movimento de recuperação após a queda do pregão anterior, acompanhando a valorização das demais bolsas mundiais e beneficiada pela manutenção das boas perspectivas para a economia brasileira.
- O DÓLAR deve cair, retornando à sua ''trajetória natural'' após 2 pregões consecutivos de alta, influenciado pela provável melhora do ''humor'' na Bovespa e pelo maciço fluxo positivo de capital externo para o país, principalmente por conta de empréstimos externos e operações de captação.
ONTEM
- BOVESPA -0,8%, abriu em alta, para na máxima avançar 0,5% e superar os 68.000pts, porem passou a cair na parte da tarde, seguindo a piora do ''humor'' nas bolsas de NY e com baixo volume de negócios (R$ 4,6bi).
- DÓLAR 0,1% à R$ 1,66, abriu em queda, para mínima atingir R$ 1,65, porem passou a subir na parte da tarde, pressionado pelos leilões de compra do BC e seguindo a piora do ''humor'' na Bovespa.
- Na ÁSIA, sem uma tendência única, JAPÃO -0,6%, com o pessimismo acerca da atual crise nuclear do país e as preocupações com o impacto sobre o balanço das empresas, CHINA 0,2%, com investidores apostando nas blue chips de valores atrativos, à medida que grandes companhias apresentaram sólidos resultados anuais e CORÉIA 0,1%, impulsionado pelo apetite dos investidores estrangeiros, especialmente pelas ações de tecnologia.
- Na EUROPA, sem uma tendência única, INGLATERRA 0,1%, FRANÇA 0,1% e ALEMANHA -0,1%, divididas entre o bom desempenho das ações das empresas fabricantes de equipamentos de telecomunicações, que receberam recomendação de compra do Goldman Sachs, e as perdas no setor automotivo, diante de temores relacionados à perspectiva de falta de peças do Japão.
- Nos EUA, revertendo um abertura positiva para fechar em baixa realizando lucros, mesmo com a divulgação de indicadores econômicos positivos, S&P -0,3%, DJ -0,2% e NASDAQ -0,4%, com baixo volume de negócios e pouco entusiasmo por um setor ou outro.
Economia:
Pressionando o Copom a seguir aumentando a taxa básica de juros, o ''mercado'' elevou, pela terceira semana consecutiva e agora consideravelmente, suas ''apostas'' para o IPCA de 2011, desta vez de 5,88% para 6%, patamar cada vez mais distante do centro da meta do BC (4,5%).
Dando novos sinais positivos da economia interna, (1) em FEV/11 o Brasil atingiu a marca de mais de 207,5 milhões de assinantes na telefonia celular, (2) nos últimos 12 meses o mercado brasileiro de televisão por assinatura cresceu 31,7% e (3) em FEV/11, pelo segundo mês consecutivo, a inadimplência das empresas caiu -1,4% na comparação com JAN/11.
Mostrando que o mercado financeiro brasileiro ainda tem muito espaço para crescimento, segundo o BC, mesmo com o recente aumento no número de pessoas com acesso a serviços bancários (de 39% da população em 2008 para 51% em 2010), cerca de 55% brasileiros ainda recebem seu salário em "dinheiro vivo".
''Garantindo'' que o Brasil terá ''força'' para seguir crescendo de forma sustentável, Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética, afirmou ontem que em 2014 o País terá um excedente de energia elétrica de 5 mil MW.
Como pretende constituir um programa de recibos de ações (ADRs) em NY lastreado em ações ordinárias, ontem o Bradesco, segundo maior banco privado do Brasil, pediu autorização ao BC para elevar o limite de participação estrangeira no capital votante da instituição de 14% para 45%.
Com o objetivo de deixar para trás a pecha de "empresa de papel", a OGX, braço de petróleo do empresário Eike Batista, anunciou investimentos de US$ 2bi nas vésperas de iniciar sua produção no País e ''avisou' que sua meta é chegar a 2015 com uma produção de 700 mil barris por dia e de 1,3 milhão em 2020.
Política:
Alfredo Sequeira Filho