R.B. 4/FEV/11 ''Uma lei exemplar''

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R.B.

"Uma lei exemplar"

São Paulo, 4 de fevereiro de 2011 (SEXTA-FEIRA).
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Mercados:

HOJE
- A BOVESPA pode seguir em alta, acompanhando a melhora do ''humor'' nas demais bolsas mundiais e, diante da manutenção das boas perspectivas para a economia brasileira, ainda em um movimento de ''caça de barganhas'' após as recentes perdas.
- O DÓLAR deve cair, retornando à sua ''trajetória natural'' após 2 pregões consecutivos de alta, seguindo a melhora do ''humor'' na Bovespa e influenciado pelo ''crescente e constante'' fluxo positivo de recursos externos.

ONTEM
- BOVESPA 0,1%, abriu em queda, para na mínima recuar -0,9%, porem foi se recuperando lentamente ao longo do pregão e somente foi "poupada" de um fechamento em terreno negativo por compras de última horas, acumuladas principalmente no setor de petróleo e gás.
- DÓLAR 0,1% à R$ 1,67, já abriu ''de lado'' e, com baixo volume de negócios e pouca volatilidade, manteve a trajetória indefinida ao longo de todo pregão, à véspera do indicador econômico mais importante da semana, que é o relatório do governo norte-americano sobre geração de empregos e taxa de desemprego.
- Na ÁSIA, com baixo volume de negócios, JAPÃO -0,3%, diante das preocupações com a rebelião civil cada vez mais violenta no Egito e dos balanços decepcionantes de empresas importantes, como Panasonic (-32,%) e Ricoh (-9,9%), CHINA e CORÉIA ainda estavam fechadas por conta do feriado do Ano Novo Lunar.
- Na EUROPA, realizando lucros recentes, com poucos negócios e baixa volatilidade, INGLATERRA -0,3%, FRANÇA -0,7% e ALEMANHA -0,1%, desanimadas com os resultados financeiros mais fracos do que o previsto de grandes empresas como Shell e Santander e por uma declaração de Jean-Claude Trichet, presidente do BC europeu, de que os riscos de inflação estão equilibrados, mas podem aumentar futuramente.
- Nos EUA, revertendo uma abertura negativa para fecharem próximas da máxima do dia, S&P 0,2%, DJ 0,2% e NASDAQ 0,2%, com destaques de alta para as ações do setor de varejo, ''animadas'' pela divulgação de dados positivos sobre as vendas, o que consequentemente elevou os níveis de confiança na véspera da divulgação dos dados do mercado de trabalho do país.
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Economia:

Mostrando-se mais uma vez otimista com o futuro a economia brasileira, a prestigiada revista britânica "The Economist" divulgou uma manteria ressaltando que o desafio da extração de petróleo em camadas pré-sal pode ser uma oportunidade para que o Brasil desenvolva tecnologias e diversifique a economia.

Reavivando o debate sobre os limites e os custos da política agressiva de compra de dólares que vem sendo implementada pelo BC, ontem as reservas internacionais brasileiras encostaram na marca histórica de US$ 300bi.

Acreditando na continuidade do aumento da renda e da queda do desemprego, os principais bancos brasileiros ''apostam'' que, mesmo com as recentes medidas macropudenciais do BC, as operações de crédito devem crescer 18% este ano na comparação com 2009.

Dando novos sinais do desempenho positivo da economia brasileira, (1) em JAN/10 o consumo de energia elétrica aumentou 4,8% na comparação com igual período em 2010 e 7,8% no acumulado dos últimos 12 meses e (2) no final de 2010 mais de 9,1 milhões de famílias brasileiras declararam intenção de comprar uma habitação em um prazo de até 12 meses, o que representa 4,9 milhões a mais do que no último trimestre de 2008.

Apresentando um número preocupante, mas que parece menor do que se pensava, segundo uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria a concorrência com produtos chineses afeta 28% das empresas industriais brasileiras no mercado interno e 52% das exportadoras tupiniquins no mercado externo.

- O Santander caiu -1,3%, mesmo após anunciar que em 2010 acumulou um lucro líquido recorde de R$ 7,382 bilhões, o que representa um ''modesto aumento'' de 34% na comparação com 2009.
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Política:

Finalmente mostrando a cara de FHC, que foi a estrela principal do programa, ontem o PSDB usou seu horário gratuito na TV para tentar se mostrar um partido moderno, marcar presença e ocupar definitivamente o papel de principal partido de oposição ao governo Dilma, que aliás nem foi citada.

Confirmando mais uma vez a ''força de Sarney'', Dilma escolheu Flávio Decat, apadrinhado do presidente do Senado e de Edson Lobão, o ministro de Minas e Energia, para presidir Furnas Centrais Elétricas.

Já cumprindo uma promessa de campanha, Dilma, em sua primeira cerimônia pública no Palácio do Planalto, anunciou ontem a distribuição gratuita dos medicamentos contra a hipertensão e diabetes no programa Aqui Tem Farmácia Popular.
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Crítica:

Copiando ''uma lei exemplar'' já aprovada na cidade norte-americana de NY, o governo da Coréia do Sul, na defesa pela melhor qualidade de vida, aprovou uma lei antitabaco que proíbe o fumo nas principais praças de Seul a partir de MAR/11.
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PAZ, amor e bons negócios;
Alfredo Sequeira Filho
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