R.B. 12/JAN/11 ''Dá as cartas''

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R.B.

"Dá as cartas"

São Paulo, 12 de janeiro de 2011 (QUARTA-FEIRA).
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Mercados:

HOJE

- A BOVESPA deve voltar a subir, com cada dia mais chances de fechar o ano que acabou de começar próxima dos 85.000pts, diante do aumento das ''apostas'' de (1) bom desempenho da economia brasileira, (2) recuperação da economia mundial e (3) manutenção do elevado patamar das commodities.
- O DÓLAR pode voltar a cair, ''provocando Mantega'', que ameaça anunciar novas medidas para conter a valorização do real ao mesmo tempo que o Copom se prepara para elevar a Selic, o que certamente tornará ainda mais atrativo os ''investimentos'' na taxa de juros do Brasil.

ONTEM
- BOVESPA 0,4%, já abriu em alta e, seguindo a melhora do ''humor'' nas demais bolsas mundiais, manteve a trajetória ascendente ao longo de todo pregão, também influenciada por boas noticias corporativas no Brasil.
- DÓLAR -0,1% à R$ 1,68, abriu em alta, para na máxima atingir R$ 1,69, porem, mesmo com os leilões de compra do BC e a ''garantia'' de Mantega de que o real não vai se valorizar, passou a cair no final do pregão, seguindo a melhora do ''humor'' na Bovespa e também influenciado pelo recuo do risco-Brasil (-1,2%).
- Na ÁSIA, sem uma tendência única, JAPÃO -0,3%, recuperando parte das perdas iniciais, porem com destaques de queda para as ações de exportadoras, como Canon (-1,4%) e Ricoh (-1,5%), CHINA 0,4%, sustentada pelos caçadores de pechinchas nos setores imobiliário e bancário, diante das expectativas de aumento das condições de liquidez no primeiro trimestre de 2011 e CORÉIA 0,4%, com a expectativa de mais encomendas impulsionando os papéis dos estaleiros e das empresas de construção.
- Na EUROPA, recuperando as perdas do pregão anterior, INGLATERRA 1,0%, FRANÇA 1,6% e ALEMANHA 1,3%, com destaques de alta para os papéis de bancos, como Barclays (5,5%), HSBC (2,4%), Lloyds (1,5%) e RBS (1,9%), após o ministro de Finanças do Japão anunciar que o país planeja comprar mais de 20% dos bônus que serão oferecidos pela Linha de Estabilidade Financeira Européia.
- Nos EUA, ensaiando uma recuperação após 3 quedas consecutivas, S&P 0,4%, DJ 0,3% e NASDAQ 0,3%, com destaques de alta para ações do setor de energia, apesar de temores entre investidores de que a alta nos preços de combustíveis irá prejudicar o crescimento econômico.
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Economia:

Mais uma vez demonstrando que ''dá as cartas'' na área econômica do governo Dilma, Mantega, ministro da Fazenda, afirmou que a definição da redução de gastos no Orçamento de 2011 não deve ser feita antes da reunião do Copom, que será realizada na quarta-feira da próxima semana, e que ainda não existe um valor definido para esses cortes.

Mostrando um enorme potencial de crescimento, mesmo com a recente ampliação da bancarização no Brasil, cerca de 40% da população brasileira ainda não possui conta em banco e, como a grande maioria destas pessoas está no estrato da população de baixa renda e de pouca escolaridade, é necessário criar produtos e serviços específicos para esta população.

Dando um importante sinal do desempenho da economia brasileira no ano passado, em 2010 as vendas de papel ondulado no Brasil cresceram 11,8% na comparação com o mesmo período de 2009.

Como furto da facilitação do crédito e da falta de controle e de planejamento financeiro de uma parcela da população que pela primeira vez na vida teve acesso a este credito, a inadimplência do consumidor cresceu 6,3% em 2010 na comparação com 2009.

Entrando de vez na ''guerra cambial'', após reduzir o volume das operações dos bancos com câmbio, o governo Dilma autorizou o Tesouro Nacional a comprar e vender dólar nos mercados futuros, usando o dinheiro do Fundo Soberano do Brasil, e agora ''ameaça'' anunciar ainda nesta semana novas medidas para conter a valorização do real.
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Política:

Dando um exemplo de como quer se aproximar da Argentina, Dilma, alem de colocar Buenos Aires como o primeiro destino de sua primeira viagem internacional, está organizando para a ocasião um encontro com as Mães da Praça de Maio.

Acusado, com provas, de compra do votos, o ex-governador Júlio Campos, do DEM do Mato Grosso, pode perder o mandato de deputado federal para o qual foi eleito no pleito de 2010.

Ex-ministro da Saúde de Lula e agora senador por Pernambuco, o petista Humberto Costa foi ''aclamado'' pelos senadores do PT como novo o líder da bancada em 2011, substituindo o colega Mercadante, que tomou posse como ministro de Ciência e Tecnologia.
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Crítica:

Séculos de degradação ambiental e décadas de ocupação de áreas irregulares, agora aliadas as cada vez ''mais claras e severas'' mudanças climáticas, tem causado tragédias constantes no Brasil e no Mundo, tudo isto com poucos, pacos e esporádicos investimentos em prevenção e em educação.
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PAZ, amor e bons negócios;
Alfredo Sequeira Filho
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