"Providências adicionais"
São Paulo, 31 de julho de 2009 (SEXTA-FEIRA).
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Mercados:
HOJE
- A BOVESPA deve voltar a subir, com ''boas chances'' de fechar o mês acima dos 55.000pts, ampliando a substancial valorização acumulada no ano (451,%), diante dos sinais, cada vez mais claros, de que a crise mundial está chegando ao fim e que o Brasil é cada dia maior e mais forte.
- O DÓLAR pode seguir em queda, para ampliar a forte desvalorização acumulada no ano (-19,7%), ainda influenciado pela melhora do ''humor'' na Bovespa e pela crescente entrada de recursos externos oriundos de exportações, captações e ''investimentos''.
ONTEM
- BOVESPA 1,4%, já abriu em alta e, acompanhando o ''humor positivo'' das demais bolsas mundiais, manteve a trajetória ascendente ao longo do todo pregão, para na máxima atingir o maior patamar do ano (55.055pts), influenciada principalmente pela valorização do commodities, como o petróleo (5,7%) e o açúcar, que fechou no maior patamar da história.
- DÓLAR -1,6% à R$ 1,87, já abriu em queda e, acompanhando a substancial melhora do ''humor'' mundial, manteve a trajetória negativa ao longo de todo pregão, para fechar no menor patamar desde SET/08, apesar dos leilões de compra do BC.
- Na ÁSIA, retomando suas trajetórias de recuperação, após a volatilidade e as divergências de tendências observadas nos pregões anteriores, JAPÃO 0,5%, CORÉIA 0,7% e CHINA 1,7%, beneficiadas pelo anuncio do BC chinês de afrouxamento da política monetária e pelo ''surpreendente'' crescimento de 8,3% da produção industrial japonesa na comparação entre o primeiro e o segundo trimestre de 2009, que aliás foi a maior alta desde 1953.
- Na EUROPA, seguindo a abertura positiva das bolsas de NY, INGLATERRA 1,8%, FRANÇA 2,1% e ALEMANHA 1,7%, com destaques de alta para ações de empresas do setor financeiro e desta vez também impulsionadas pelo anuncio do índice de confiança econômica da zona do euro, que subiu de 73,2pts em JUN/09 para 76,0pts em JUL/09, atingindo o maior patamar desde NOV/08.
- Nos EUA, também retomando a trajetória de recuperação, para provavelmente fecharem JUL/09 com o melhor desempenho para um mês de julho em 20 anos, S&P 1,2%, DJ 0,9% e NASDAQ 0,8%, beneficiadas por balanços positivos de empresas, como Motorola, Goodyear e Dow Chemical, e pela inesperada queda no número de pessoas que recebem auxílio-desemprego na semana encerrada no último dia 25/JUL/09.
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Economia:
''Confortável'' com o controle da inflação e ainda ''apostando'' que a economia brasileira apresentará um leve crescimento este ano, o Copom, na ata da semana passada, indicou que a Selic, atualmente no menor patamar da história (8,75%), não cairá mais este ano ao informar que o fim dos cortes foi cogitado por alguns de seus diretores na reunião de quarta-feira retrasada.
Enquanto Paulo, presidente da FIESP, pede cautela nas comemorações dos sinais de recuperação da economia brasileira, ressaltando que ainda são necessárias ''providências adicionais'' como redução da taxa básica de juros e novas desonerações de impostos, a Vale do Rio Doce, maior empresa privada do Brasil, ''avisou'' que já identificou recuperação na demanda por minério de ferro, tanto nos mercados mais afetados pela crise econômica, como a Europa e os EUA, como no mercado brasileiro e na China.
Confirmando pela ''enésima vez'' a credibilidade externa da economia brasileira, ontem, com uma demanda muito maior que a oferta, o Brasil concluiu uma operação de lançamento de US$ 525mi em títulos da dívida externa com vencimento 2037, se tornando o primeiro país, entre os emergentes, a realizar uma operação com prazo tão longo neste ano.
Mostrando o motivo da ''despreocupação'' do Copom com a inflação, que dá provas quase que diárias de que está ''110%'' controlada, o IGP-M de JUL/09, influenciado pela forte desaceleração dos preços no atacado (-0,85%), apontou deflação de -0,43%, ''aprofundando'' a variação negativa de -0,10% no mesmo período do mês anterior.
- A Embraer subiu 2,5% e, após o fechamento do pregão anunciou que um lucro líquido de R$ 466,9mi no segundo trimestre deste ano, resultado 31% maior que no mesmo intervalo de 2008.
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Política:
Mais uma vez ''jogando para a torcida'', Lula, ao lado de Michelle Bachelet, presidente do Chile, afirmou que os investidores brasileiros devem concentrar os seus esforços em países em desenvolvimento, ressaltando que, na comparação com os países desenvolvidos, eles tem maior potencial de retorno e, conforme provou a atual crise internacional, cada vez menos riscos.
Mostrando que ''a vaca do presidente do Senado está indo para o brejo'', Lula, que outro dia afirmou que Sarney não poderia ser julgado como uma ''pessoa comum'', ontem mudou totalmente seu discurso e afirmou que quem deve decidir sobre o futuro do Senado são os senadores.
Mostrando que está obedecendo Lula, o PT da Bahia, em troca do apoio do PMDB à candidatura presidencial de Dilma, não lançará a candidatura à reeleição do atual governador petista Jaques Wagner para apoiar a candidatura do peemedebista Geddel Vieira Lima ao governo do Estado em 2010.
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Crítica:
Mais uma vez usando sua toga para criticar ao invés de julgar, Gilmar Mendes, presidente do STF, criticou o vazamento de informações sigilosas de inquéritos da PF, ressaltando, obviamente se esquecendo que sua função é justamente julgar, que esta prática vem sendo feita ''impunemente'' no governo Lula, principalmente por emissoras de televisão.
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PAZ, amor e bons negócios;
Alfredo Sequeira Filho
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