R.B. 17/NOV/15 "Se afastando cada vez mais do seu criador"


R.B.

"Se afastando cada vez mais do seu criador"

 

São Paulo, 17 de novembro de 2015 (TERÇA-FEIRA).


Mercados e Economia:

 

Hoje (1) a BOVESPA deve seguir em alta, ainda com ''boas chances'' de fechar o mês zerando as perdas acumuladas no ano (-6,3%), sustentada principalmente pelo fluxo comprador por parte do investidor estrangeiro, já que a bolsa tupiniquim está muito barata em dólar e (2) o DÓLAR pode voltar a cair, com ''boas chances'' de fechar a semana abaixo dos R$ 3,80, seguindo a melhora do ''humor'' na bolsa e influenciada pelo aumento do fluxo positivo de recursos externos.

 

Ontem, no BRASIL, (1) a BOVESPA 0,7%, recuperando as perdas do pregão anterior, acompanhando a valorização das commodities, que beneficiou a Petrobrás (6,8%) e seguindo o movimento ascendente das principais bolsas mundiais e porem com baixíssimo volume de negócios (R$ 7,0bi) para um dia de vencimento de opções e (2) o DÓLAR caiu -06% à R$ 3,81, para fechar próximo da mínima do dia, se preparando para testar o agora "suporte" dos R$ 3,80, influenciado pela esperada melhora do "humor" na bolsa brasileira e também pelos leilões de venda do BC.

 

Também ontem, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, sem uma tendência única, Japão -1,0%, com os investidores demonstrando cautela após a série de ataques em Paris e o fraco resultado do PIB do país, que encolheu em ritmo anualizado de -0,8% no trimestre encerrado em SET/15 e China 0,7%, recuperando as perdas da abertura e beneficiada pelo bom desempenho das exportadoras, (2) da EUROPA, sem uma tendência única, Inglaterra 0,5%, França -0,1% e Alemanha 0,1%, divididas entre os ganhos das empresas do setor de defesa, beneficiadas pelo aumento da tensão geopolítica, e as perdas das companhias de turismo, prejudicadas pelo mesmo motivo e (3) dos EUA, iniciando um movimento de alta, S&P 1,5%, DJ 1,4% e NASDAQ 1,2%, com destaques positivos para as ações das petrolíferas, como Chevron (3,6%) e Exxon (3,7%), diante da valorização do petróleo, e das empresas ligadas ao consumo, como Procter & Gamble (1,9%) e Wal-Mart (1,8%), diante da queda do nível dos estoques.

 

Chamando atenção para a deterioração das contas fiscais e para escalada da dívida bruta, que podem dificultar ainda mais a governabilidade da presidenta Dilma, Shelly Shetty, diretora sênior da agencia de classificação de risco Fitch e responsável pela América Latina, ''avisou'' que a mudança do rating brasileiro pode ocorrer num prazo inferior ao previsto pela agência, que antes era entre 12 e 18 meses.

 

Alertando para os riscos dos "estímulos natalinos", Clemens Nunes, economista da FGC, alertou que o consumidor tupiniquim deve utilizar o 13º salário para reduzir os débitos no banco e assim entrar em 2016 com orçamento menos comprometido, ressaltando que é perigoso fazer novas dívidas devido às perspectivas sombrias para a economia nos próximos meses.

 

Apresentando um pessimismo crescente com o futuro do Brasil, o ''mercado'' elevou, desta vez de 9,99% para 10,04%, suas ''apostas'' para a inflação medida pelo IPCA neste ano de 2015, o que se for confirmado será o pior resultado desde 2003, e novamente piorou, agora de -3,0% para -3,1%, suas projeções para o PIB tupiniquim também neste ano.

 

Apesar de 9 entre 10 economistas e analistas acreditaram que a única saída para o Brasil sair da crise é o governo estimular investimentos em infraestrutura, segundo o economista Gesner Oliveira, menos da metade do Plano de Infraestrutura de Logística do governo Dilma, estimado em R$ 198,4bi, são factíveis de implementação até 2018.

 

Mesmo avançando 8 posições no Índice Global de Empreendedorismo 2016, o Brasil ainda aparece apenas na 92ª posição entre 132 os países pesquisados, sendo que na América Latina e Caribe a terra governada e também devastada pelo PT ficou atrás de 15 países, como Chile, Belize, Jamaica e até Argentina.


Política:
 
"Colocando para assar" a batata do presidente da Câmara, o Conselho de Ética deve avaliar amanhã o parecer preliminar do deputado Fausto Pinato, do PRB de SP, que recomendou a admissibilidade do caso que pode terminar com a cassação do mandato de Eduardo Cunha.

 

"Se afastando cada vez mais do seu criador", o que aliás é muito bom para o Brasil, ontem a presidenta Dilma reiterou que o ministro Joaquim Levy, acossado permanentemente por boatos de que está para sair ou ser demitido, "fica onde está", ressaltando que neste ponto discorda do ex-presidente Lula, que já chegou a afirmar que o referido ministro da fazenda está com o prazo de validade vencido.

 

Legislando para provavelmente ajudar sonegadores, traficantes e terroristas, o Palácio do Planalto vai trabalhar para que o Senado modifique a destinação dos recursos oriundos do inacreditável projeto de repatriação aprovado pela Câmara na semana passada, que cria um programa para regularização de recursos escondidos por brasileiros no exterior e não declarados à Receita Federal e que, em troca de taxação, não poderão ser processados por crime de sonegação fiscal, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

 

''No bolso'' da presidenta Dilma, Eliseu Padilha, peemedebista e ministro da Aviação Civil, voltou a reconhecer ontem que poderá haver no congresso da Fundação Ulysses Guimarães manifestações favoráveis ao desembarque do PMDB no governo federal, mas ''garantiu'' que elas são de uma minoria do partido.


Crítica:
 
Acreditando que (1) "o dom da mentira herdou do pai", em depoimento à Polícia Federal, Luiz Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, afirmou que realizou sozinho os quatro projetos de marketing esportivo para a empresa do lobista Mauro Marcondes Machado, pelos quais recebeu R$ 2,5mi, já que sua empresa não tem funcionários e (2) é uma especialista em economia, porem soltando mais uma de suas frases sem sentido, a presidenta Dilma, afirmou, após participar da reunião do G-20, que a CPMF é fundamental, mas "não para se gastar mais e sim para o país crescer mais".

PAZ, amor e bons negócios;

Alfredo Sequeira Filho


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