R.B. 1/OUT/13 ‘’Acolhendo a arbitrariedade’’


R.B.

"Acolhendo a arbitrariedade"

 

São Paulo, 1 de outubro de 2013 (TERÇA-FEIRA).


Mercados:

 

HOJE

-    A BOVESPA deve subir, tentando uma recuperação após 5 pregões consecutivos de queda, reduzindo assim mais uma parte da forte baixa acumulada no ano (-14,1%) beneficiada pela divulgação de dados positivos da economia da Europa e do Brasil.

-    O DÓLAR pode voltar a cair, com ''boas chances'' de fechar este mês de OUT/13 abaixo dos R$ 2,20, acompanhando a provável melhora do ''humor'' na Bovespa e influenciado pelo gradativo crescimento do fluxo positivo de recursos externos e pela manutenção dos leilões de venda do BC.

 

ONTEM

-    BOVESPA –2,6% (aos 52.338pts), já abriu em queda e, seguindo as perdas das bolsas de NY e prejudicada pela divulgação de números menores que o esperado da indústria da China, foi intensificando a baixa ao longo do pregão, mais um vez pressionada pelo forte recuo das ações da OGX (-25,0%), que reduziu a alta cumulada no mês para 4,6%.

-    DÓLAR –1,4% à R$ 2,23, já abriu em queda e, alheio a piora do ''humor'' na Bovespa, manteve a trajetória descendente ao longo de todo pregão, com os vendidos ganhando a ''briga'' para formação de cotação de fechamento do mês de SET/13, que aliás registrou uma baixa de –6,5% na moeda norte-americana.

-    Na ÁSIA, sem uma tendência única, JAPÃO –2,1% e CORÉIA –0,7%, com destaques de queda para as exportadoras, diante de preocupações sobre uma possível paralisação do governo dos EUA, porem CHINA 0,7%, sustentada pelas ações de empresas do setor de consumo e com o principal índice encerrando o trimestre com uma alta de 9,9%.

-    Na EUROPA, também diante de preocupações sobre uma possível paralisação do governo dos EUA, INGLATERRA –0,8%, FRANÇA –1,0% e ALEMANHA –0,8%, nos menores patamares das últimas 3 semanas e também prejudicadas pela decisão do ex-premiê italiano Silvio Berlusconi de retirar seu apoio ao governo de Enrico Letta e ordenar a renúncia dos 5 ministros de seu partido.

-    Nos EUA, em mais um dia de perdas, S&P –0,6%, DJ –0,8% e NASDAQ –0,3%, com o sentimento de aversão ao risco predominando em meio ao impasse orçamentário no Congresso, a perspectiva de paralisação do governo e a expectativa para uma semana repleta de indicadores econômicos pela frente.


Economia:

 

Como é mais fácil colocar a culpa nos outros, ontem Mantega, ministro brasileiro da Fazenda, afirmou que a crise das empresas do grupo X, que aliás captou recursos de investidores com apoio e entusiasmo do governo, atrapalha o desempenho da economia brasileira e arranhou a reputação do país no exterior.

 

Indicando que a taxa básica de juros deve subir mais 0,5% na próxima reunião do Copom, Hamilton Araújo, diretor de Política Econômica do BC, afirmou ontem que ainda há muito a ser feito pela política monetária para controlar a alta dos preços, ressaltando que a autoridade monetária brasileira está está "desconfortável" com o nível elevado da inflação, que ainda apresenta riscos, como os vindos do câmbio.

 

Elevando a insegurança dos investimentos em infraestrutura no Brasil, a Triunfo Participações recorreu à Agência Nacional de Transportes Terrestres contra o resultado do leilão da BR-050, entre Goiás e Minas Gerais, alegando que o grupo vencedor (Consórcio Planalto) apresentou documentação em desacordo com a legislação.

 

Indicando que a inadimplência no Brasil, além de ser causada pela cobrança de juros extorsivos, é uma questão de falta de educação financeira, segundo uma pesquisa feita pelo SPC 56% dos consumidores que limpam o nome voltam a se tornar inadimplentes após um ano.

 

Com a primeira abalada pelos movimentos em prol da qualidade de vida e também pela história do rato na garrafa e a segunda beneficiada pela divulgação de seus novos aparelhos, a Coca-Cola perdeu para a Apple a liderança do ranking das marcas mais valiosas do mundo feito pela consultoria global Interbrand.

 

Após ''falar demais'', afetar consideravelmente o valor das ações das empresas de telefonia na bolsa e levar uma bronca publica da presidenta Dilma, Paulo Bernardo, ministro das Comunicações, mudou o tom em relação ao aumento da participação acionária da empresa espanhola Telefónica no capital da Telecom Itália (dona da TIM) e afirmou que é responsabilidade do Cade examinar a operação e opinar sobre a questão da concentração de mercado.

 

-    A Petrobrás caiu –0,6%, mesmo após (1) anunciar que em AGO/13 sua produção de petróleo subiu 1,1% na comparação com JUL/13 e (2) Graça Foster, presidente da empresa, confirmar que está em estudo uma nova política de reajuste dos combustíveis.


Política:

 

Como, ao contrario do domínio que tem em SP, o PSDB é quase inexistente do RJ, os tucanos querem filiar Bernardinho, técnico campeão Olímpico pela seleção brasileira de vôlei, e lança-lo como candidato ao governo do Estado nas próximas eleições.

 

Reunidos para um fórum organizado pela revista "Exame", a ex-senadora Marina Silva, o senador Aécio Neves, e o governador de Pernambuco Eduardo Campos, que são os 3 principais candidatos de oposição que devem enfrentar a presidenta Dilma nas eleições de 2014, criticaram a política econômica do governo e fizeram acenos ao setor privado, num esforço para conquistar a confiança do empresariado na sua capacidade de conduzir o país.

 

''Acolhendo a arbitrariedade'' que causou a anulação de quase 100mil assinaturas, ontem o TSE, que está prestes a cometer um dos maiores golpes contra a democracia na história do Brasil, encerrou a checagem das assinaturas de apoio recolhidas pelo partido REDE, afirmou que a legenda não conseguiu obter o mínimo exigido em lei e anunciou que decidirá até quinta-feira se aprova ou não a criação da legenda pela qual Marina Silva, que tem cerca de 20% das intenções de voto, pretende disputar a Presidência no ano que vem.

 

Apoiado por Eduardo Campos, candidato à presidente e governador de Pernambuco, Alexandre Kalil, presidente do Atlético Mineiro, assinará na próxima quinta-feira a ficha de filiação ao PSB, partido pelo qual deve sair candidato ao governo de MG ou ao Senado.

 

Falando cada dia mais como candidato à presidente do Brasil, Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, afirmou a empresários, durante palestra realizada ontem, que não existe sistema judiciário mais confuso que o brasileiro e que a Justiça precisa ser mais "célere" e "eficiente".


Crítica:

 

Mostrando que colocar os interesses partidários e de poder acima dos interesses do País não é coisa apenas de político brasileiro, pela primeira vez em 17 anos, parte dos serviços do governo norte-americano não vai funcionar porque o Congresso dos EUA não conseguiu chegar a um acordo para financiar os gastos públicos de curto prazo.


PAZ, amor e bons negócios;

Alfredo Sequeira Filho


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