R.B.
"Abalar a concorrência"
São Paulo, 11 de maio de 2012 (SEXTA-FEIRA).
HOJE
- A BOVESPA pode cair, ara fechar em território negativo pelo quarto pregão consecutivo, acompanhando a nova piora do ''humor'' nas demais bolsas mundiais, porem deve-se ressaltar que ao atingir o menor patamar dos ultimo 4 meses a bolsa brasileira está em um bom ponto para investimentos de médio e longo prazos.
- O DÓLAR deve subir, acompanhando a provável piora do ''humor'' na Bovespa e a trajetória internacional da moeda norte-americana, porem deve-se ressaltar que ao que tudo indica o atual patamar já ''confortável'' para o governo Dilma, que não deve mais interferir na ponta compradora.
ONTEM
- BOVESPA -0,1%, abriu em alta, para logo atingir a máxima do dia avançando 1,6%, porem gradativamente foi perdendo ''forças'' ao longo do pregão e fechou em leve queda, com a inflação começando a preocupar os investidores.
- DÓLAR -0,6% à R$ 1,95, já abriu em queda e, em um ''ajuste técnico'' após 4 pregões consecutivos de alta, manteve a trajetória descendente ao longo de todo pregão, seguindo a trajetória internacional da moeda norte-americana.
- Na ÁSIA, seguindo as perdas das demais bolsas mundiais no dia anterior, JAPÃO -0,4%, CORÉIA -0,2% e CHINA -0,1%, também prejudicadas pela divulgação de dados chineses mais fracos do que o esperado, que por sua vez alimentaram temores de uma desaceleração do crescimento na região.
- Na EUROPA, recuperando uma pequena parte das perdas recentes, INGLATERRA 0,2%, FRANÇA 0,4% e ALEMANHA 0,7%, com destaques de alta para as ações de bancos, desta vez ajudadas por novos indícios de que um governo de coalizão possa estar sendo formado na Grécia, o que teoricamente encerraria o impasse que põe em risco a ajuda internacional ao país.
- Nos EUA, sem uma tendência única e com investidores voltando aos poucos ao mercado após um período de fraqueza, S&P 0,2%, DJ 0,2% e NASDAQ -0,1%, porem com os ganhos limitados por perspectivas ruins divulgadas pela empresa termômetro do setor de tecnologia Cisco (-10,5%) e por temores em relação à Europa.
Mostrando disposição para incentivar o crescimento da economia brasileira, ontem a presidenta Dilma pediu à equipe econômica que procure espaço para a adoção de novas desonerações tributárias.
''Apostando'' que a recente alta do dólar não vai pressionar muito a inflação, ontem Mantega, ministro da Fazenda, afirmou que o aumento do IPCA em ABR/12 não é motivo para preocupações, pois foi inferior ao mesmo mês do ano anterior e foi pressionado principalmente pela elevação dos preços do cigarro.
Refutando um pleito dos bancos privados, que resistem em reduzir suas taxas de juros, ontem Nelson Barbosa, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, descartou a possibilidade de alterar percentuais e alíquotas de depósitos compulsórios do sistema financeiro e do IOF.
Indicando que, com o dólar acima de R$ 1,90, o BC não deve mais atuar na ponta compradora, ontem Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, afirmou que o atual nível da taxa de câmbio é favorável aos exportadores.
Com alvo principal no Brasil, a gestora de recursos norte-americana Capital International levantou US$ 3bi em um novo fundo de private equity dedicado exclusivamente a mercados emergentes.
Contrariando o que disse recentemente o Itaú sobre a inadimplência, ao afirmar que ela está estável e controlada, ontem a Caixa Econômica Federal informou que acumulou um lucro de R$ 1,2bi no primeiro trimestre do ano, resultado que é 46,1% superior ao mesmo período do ano anterior.
Disposto e com mandato para ''abalar a concorrência'', ontem, após mais um movimento de corte nos juros, o Banco do Brasil decidiu reduzir em até -40% as taxas de administração e de R$ 50mil para R$ 1,00 as aplicações mínimas de 2 fundos de investimento de renda fixa administrados pelo banco.
- A Braskem caiu -4,6%, após anunciar que seu lucro líquido caiu -50% no primeiro trimestre na comparação anual.
- A MMX caiu -3,7%, já que seu lucro líquido de R$ 49,3mi no primeiro trimestre deste ano foi -23% menor que no mesmo período de 2011.
Política:
Alfredo Sequeira Filho