R.B.
"Comemos e consumimos muito mais do que precisamos"
São Paulo, 11 de abril de 2012 (QUARTA-FEIRA).
HOJE
- A BOVESPA deve subir, tentando uma recuperação após fechar o pregão anterior no menor patamar desde JAN/12 (aos 61.738pts), beneficiada pela divulgação de resultados corporativos positivos nos EUA, como o da Alcoa, e pela manutenção dos sinais positivos da economia brasileira.
- O DÓLAR pode cair, retornando à sua ''trajetória natural'' após a alta do pregão de ontem, influenciado pela provável melhora do ''humor'' na Bovespa e pela manutenção do fluxo positivo de recursos externos.
ONTEM
- BOVESPA -1,9%, já abriu em queda e, novamente seguindo o ''humor negativo'' nas demais bolsas mundiais, manteve a trajetória descendente ao longo de todo pregão, diante do recuo das commodities e da divulgação de dados desanimadores sobre a economia da china.
- DÓLAR 0,6% à R$ 1,83, abriu em queda, para na mínima recuar -0,3%, porem passou a subir no final da parte da manha, mesmo sem leilões de compra do BC pela quarta sessão seguida, com bom volume de negócios e pressionado pelo quadro externo ruim.
- Na ÁSIA, em mais um dia de perdas, JAPÃO -0,1%, CORÉIA -0,1% e CHINA -0,9%, prejudicadas pela divulgação de dados comerciais da China, que mostraram que a segunda maior economia do mundo pode apurar ligeira desaceleração e que a demanda pode cair com o crescimento das importações desacelerando fortemente.
- Na EUROPA, nos menores patamares em 10 semanas e com destaques de queda para ações de bancos, INGLATERRA -2,2%, FRANÇA -3,1% e ALEMANHA -2,5%, diante do aumento dos temores com relação aos países de maior endividamento na zona do euro, causado principalmente pela forte elevação dos juros pagos pela Espanha para a rolagem de títulos de suas dívidas.
- Nos EUA, em baixa pela quinta sessão consecutiva e registrando as maiores quedas desde 8/DEZ/11, S&P -1,7%, DJ -1,6% e NASDAQ -1,8%, com os setores industrial e de matérias-primas respondendo pelas piores quedas, principalmente diante do aumento das preocupações sobre a dívida européia.
Ressaltando que existem empresas que pagam de 25% a 30% ao ano em juros de empréstimos para capital de giro, enquanto os bancos públicos estão cobrando entre 10% e 11% ao ano, Mantega, ministro da Fazenda, afirmou ontem que espera que os bancos privados acompanhem os bancos públicos e reduzam os juros cobrados de seus clientes.
Na próxima semana tem uma nova reunião do Copom e, como a inflação recuou mais do que o esperado e a economia mundial dá sinais negativos, os prognósticos que apontavam que a taxa de juros poderia cair dos atuais 9,75% para 9% e ficaria nesse patamar até o final do ano começam a mudar e alguns já falam em Selic a 8,5% em DEZ/12.
''Apostando'' na economia brasileira, a previsão do mercado brasileiro de luxo é crescer entre 12% e 15% neste ano e superar o resultado de 2011, quando movimentou cerca de R$ 18bi e expandiu 11,5% em relação a 2010.
Mostrando mais uma vez sua importância para a economia brasileira, em FEV/12 o faturamento real das Micro e Pequenas Empresas paulistas cresceu 8,2% na comparação com o mesmo mês de 2011.
Sem causar nenhuma surpresa, segundo um ranking elaborado pela consultoria Economatica, em 2011 o resultado dos 25 bancos brasileiros de capital aberto mantiveram o setor no topo da lista de lucratividade entre as empresas brasileiras de capital aberto, atingindo estratosféricos R$ 49,4bi e com um crescimento de 14,9% na comparação com 2010.
Confirmando mais uma vez que a inflação está ''comportada'', o IPC de SP subiu apenas 0,14% na primeira quadrissemana de ABR/12, patamar bem abaixo do esperado (0,22%) e também abaixo do apurado na quarta quadrissemana de MAR/12 (0,15%).
- A Hering caiu -5,6% após ter informado que as vendas no primeiro trimestre de 2012 ficaram abaixo do esperado pela própria varejista, afetadas por fatores sazonais e macroeconômicos.
- A Natura subiu 3,7%, após o BNDES aprovar um empréstimo de R$ 35mi para a empresa.
Política:
Alfredo Sequeira Filho