R.B. 26/AGO/11 ''Políticos são burros''


R.B.

"Políticos são burros"

 

São Paulo, 26 de agosto de 2011 (SEXTA-FEIRA).


Mercados:

 

HOJE

-    A BOVESPA pode subir, recuperando as perdas do pregão anterior, ''animada'' pela provável divulgação de um novo pacote de medidas para estimular a economia dos EUA e pelo aumento gradual das chances de que a taxa básica de juros comece a cair no Brasil.

-    O DÓLAR deve cair, seguindo a provável melhora do ''humor'' na Bovespa e o ''crescente e constante'' fluxo positivo de recursos externos oriundos de exportações, captações e ''investimentos''.

 

ONTEM

-    BOVESPA -1,6%, abriu em alta, para na máxima avançar 0,6%, porem, seguindo a piora do ''humor'' nas demais bolsas mundiais, passou a cair ainda na parte da manhã, diante de um relatório mostrando a fraqueza do mercado de trabalho dos EUA e das preocupações com a forte queda nas ações da Alemanha.

-    DÓLAR -0,1% à R$1,61, já abriu ''de lado'' e, com alguma volatilidade, na máxima atingiu R$ 1,62 e na mínima atingiu R$ 1,60, fechou próximo da estabilidade, diante das incertezas sobre o futuro da economia norte-americana.

-    Na ÁSIA, seguindo o bom desempenho das bolsas de NY no dia anterior, JAPÃO 1,5%, com destaques de alta para as exportadoras, como Nissan (7,0%), Honda (5,3%) e Sony (2,1%), diante da desvalorização da moeda local (o iene) frente ao dólar, CHINA 2,9%, impulsionada pelas ações de empresas do setor financeiro e por outras blue chips por conta da presença de investidores em busca de ofertas de ocasião e CORÉIA 0,6%, recuperando perdas recentes, com destaques de alta para empresas do setor de tecnologia, que reagiram bem a saída de Steve Jobs da Apple.

-    Na EUROPA, revertendo uma abertura positiva, INGLATERRA -1,4%, FRANÇA -0,6% e ALEMANHA -1,7%, em meio a receios, posteriormente confirmados, de os países que adotaram restrições temporárias às vendas a descoberto alongarem o prazo dessas medidas.

-    Nos EUA, também revertendo uma abertura positiva, S&P -1,6%, DJ -1,5% e NASDAQ -1,9%, conforme investidores realizaram lucros antecipando-se a um pronunciamento do de Bernanke, presidente do Fed (''BC'' local), que deve dar mais detalhes sobre os planos do BC dos EUA para reativar sua economia.


Economia:
 
Levando em consideração fatores que garantem a estabilidade macroeconômica do país que darão continuidade ao fortalecimento da economia nos próximos anos, como a redução gradual das limitações fiscais e do risco a choques externos, ontem a agência de classificação de risco S&P melhorou a perspectiva da sua ''nota'' para o Brasil, de estável para positiva.
 
Podendo ajudar a ''seduzir'' o Copom a reduzir a taxa básica de juros, diante da piora e das incertezas do cenário externo, (1) o governo Dilma reduziu, de 4,0% para 3,7%, suas projeções para o crescimento da economia brasileira em 2011 e (2) em AGO/11 o Índice de Confiança do Consumidor recuou -4,6% na comparação com JUL/11.
 
Acreditando que suas ações estão baratas e, como sabem que pagam bons dividendos, que não existe investimento melhor no momento, as empresas brasileiras de capital aberto continuam como os principais compradores, principalmente de suas próprias ações, na Bovespa, acumulando no ano um saldo positivo em R$ 6,4bi, ante um saldo negativo de R$ -704mi dos investidores estrangeiros e de R$ -4,8bi das pessoas físicas.
 
Indicando que o governo Dilma tem cuidado bem das contas publicas, em JUL/11, beneficiado pelo aumento do emprego e da formalização, o déficit da Previdência Social caiu -24% em termos reais na comparação com JUL/10, ficando em R$ -2,0bi, melhor resultado para o mês em 12 anos.
 
Confirmando como é enorme a carga tributaria sobre o salário no Brasil, segundo dados do IBGE, m média, os trabalhadores sem carteira assinada tiveram em JUL/11 um aumento de renda até 5 vezes maior do que quem trabalha com carteira assinada.
 
Apesar de não ter função de dar lucro, o BC brasileiro registrou resultado positivo de R$ 12,2bi no primeiro semestre do ano, montante que supera os R$ 10,8bi de lucro obtidos em igual período de 2010 e que foi influenciado basicamente pela alta dos juros empreendida pela própria autoridade monetária no período.
 
Diante da desvalorização do dólar frente ao real e do baixo rendimento dos títulos públicos norte-americanos, o custo para o BC manter as reservas internacionais brasileiras no primeiro semestre deste ano chegou a R$ 44,5bi, já superando os R$ 26,5bi acumulados em todo o ano de 2010.
 
Como furto da redução dos custos e do ganho de escala, nos 7 primeiros meses deste ano as cooperativas brasileiras, cuja pauta é formada majoritariamente por produtos agropecuários, exportaram US$ 3,3bi, valor 33% maior do que o do mesmo período de 2010.

Política:
 
Passados 4 anos do recebimento da denúncia contra 40 suspeitos de envolvimento no mensalão, o crime de formação de quadrilha, espinha dorsal da denúncia, pode prescrever na próxima semana.
 
Mostrando que ''políticos são burros'' já que não aprendem com os erros dos outros, o petista Marco Maia, presidente da Câmara dos Deputados, usou aviões particulares da empresa de transporte aéreo da Unimed para viajar nos fins de semana pelo País e para participar de eventos partidários do PT nas cidades gaúchas de Erechim e Gramado.
 
Obviamente ajudando na vitória de Dilma, os gastos do governo federal na área social alcançaram R$ 566,2bi no ano passado, o que representa o maior patamar dos últimos 15 anos e um crescimento de 7,1% na comparação com 2009.

Crítica:
 
Mostrando que não entende nada de vicio e que não sabe que existe contrabando de cigarro, Alexandre Padilha, o ministro da Saúde, afirmou que acredita que a medida do governo de aumentar a carga tributária sobre o cigarro vai colaborar para a redução do número de fumantes no país, que atualmente está na faixa dos 15% dos brasileiros.
 
''Envergonhando o Brasil'', segundo um teste aplicado de forma independente em 6.000 alunos de todas as capitais brasileiras, 57,2% dos estudantes do 3º ano do ensino fundamental não conseguem resolver problemas básicos de matemática, como soma ou subtração, e a prova de leitura mostra que 43,9% não aprenderam o suficiente.

PAZ, amor e bons negócios;

Alfredo Sequeira Filho


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