R.B.
"Intromissão"
São Paulo, 13 de junho de 2011 (SEGUNDA-FEIRA).
HOJE
- A BOVESPA deve subir, acompanhando a melhora do ''humor'' nas demais bolsas mundiais para iniciar um movimento de recuperação das perdas acumuladas na semana passada (-2,6%) e no ano (-8,4%).
- O DÓLAR pode cair, retornando à sua ''trajetória natural'' após avançar 1,3% na semana passada, influenciado pela provável melhora do ''humor'' na Bovespa e seguindo o fluxo positivo de recursos externos.
SEXTA-FEIRA
- BOVESPA -1,2%, já abriu em queda e, acompanhando as perdas das bolsas de NY, manteve a trajetória descendente ao longo de todo pregão, diante do ''desanimo'' com a economia mundial, para fechar em um dos menores patamares do ano (62.697pts).
- DÓLAR 0,5% à R$ 1,59, já abriu em alta e, acompanhando o ''humor negativo'' na Bovespa, manteve a trajetória ascendente ao longo de todo pregão, para fechar em território positivo pelo terceiro dia consecutivo, também pressionado pelos leilões de compra do BC.
- Na ÁSIA, JAPÃO 0,5%, sustentada pelas ações de empresas exportadoras, como Toyota (0,9%) e Nissan (1,9%), que por sua vez foram beneficias pelo recuo da moeda local (o iene) frente ao dólar, CHINA 0,1%, tentando recuperar perdas recentes, mesmo com a manutenção das preocupações sobre possíveis medidas de aperto monetário por parte de Pequim nos próximos dias e CORÉIA -1,2%, a sétima queda consecutiva, desta vez prejudicada pela decisão do BC local de elevar a taxa básica de juros.
- Na EUROPA, pressionadas por receios com a possibilidade de um desaquecimento da economia mundial diante da desaceleração no crescimento das exportações chinesas, INGLATERRA -1,5%, FRANÇA -1,9% e ALEMANHA -1,2%, com destaques negativos para as ações da Bekaert (-8,5%), depois de a companhia ter a recomendação de seus papéis rebaixada pelo JPMorgan, e para as ações da Hermes International (-4,9%), diante da notícia de que a LVMH Moet Hennessy Louis Vuitton teria negado rumores de interesse na companhia.
- Nos EUA, fechando em baixa a sexta semana consecutiva da perdas, S&P -1,4%, DJ -1,4% e NASDAQ -1,5%, já que os novos sinais de uma desaceleração econômica global preparam o cenário para mais perdas.
Ajudando a fortalecer o ''imperialismo tupiniquim'', as franquias brasileiras, capitalizadas pela expansão no mercado interno graças ao fortalecimento da economia, tem agora o objetivo de ganhar escala global, principalmente nos setores que abrangem moda íntima, relógios, acessórios, comida e educação.
Com o ''nobre objetivo'' de tentar pôr fim à guerra fiscal no país, na ultima sexta-feira os governadores dos Estados do Nordeste decidiram se unir por uma proposta única de reforma tributária e de compensações aos governos estaduais.
Podendo ajudar, e muito, na redução da taxa de juros cobrada pelos bancos e financeiras, na sexta-feira o Diário Oficial publicou a lei que autoriza a criação do chamado "cadastro positivo", que será uma espécie de lista que vai reunir os consumidores brasileiros que têm um histórico positivo de pagamentos e que, segundo o Serasa, deve reduzir pela metade a inadimplência do consumidor pessoa física.
Ajudando a segurar a inflação, após 11 consecutivos de alta, segundo o IBGE em ABR/11 as vendas do setor varejista tiveram um recuo -0,2% na comparação com MAR/11, porem na comparação com ABR/10 as vendas do comércio tiveram crescimento de 10%.
Também ajudando a controlar a inflação, da primeira semana da MAI/11 até sexta-feira passada os preços do etanol acumulam uma queda de -17,0% enquanto que a gasolina recuou -5,0% no mesmo período.
Alfredo Sequeira Filho