R.B.
"O maior retrocesso da democracia brasileira"
São Paulo, 30 de março de 2011 (QUARTA-FEIRA).
HOJE
- A BOVESPA deve subir, para finalmente fechar o dia acima dos 68.000pts, acompanhando a forte melhora do ''humor'' nas demais bolsas mundiais e ainda beneficiada pelas boas perspectivas para a economia brasileira.
- O DÓLAR pode voltar a cair, mais uma vez ''testando o suporte'' dos R$ 1,65, influenciado pelo ''crescente e constante'' fluxo positivo de recursos externos oriundos de exportações, captações e ''investimentos''.
ONTEM
- BOVESPA 0,3%, abriu em alta, para na máxima avançar 1,0% e, acompanhando o ''humor positivo'' das bolsas de NY, manteve a trajetória ascendente ao longo de todo pregão, beneficiada pela recuperação das ações da Vale (1,8%), mostrando que já foi ''precificada'' a saída de Roger Agnelli da presidência da empresa.
- DÓLAR -0,5% à R$ 1,65, já abriu em queda e, mesmo com os leilões de compra do BC e com o anuncio de cobrança de IOF sobre empréstimos tomados no exterior, manteve a trajetória descendente ao longo de todo pregão, diante do grande fluxo positivo de recursos externos.
- Na ÁSIA, sem uma tendência única, JAPÃO -0,2%, prejudicada por ''rumores'' de nacionalização da Tokyo Electric Power, que é a concessionária cujos reatores estão no centro da crise nuclear que fechou na nova mínima histórica, CHINA -0,9%, influenciada pela realização de lucros nas mineradoras de ouro e nas petrolíferas e CORÉIA 0,8%, novamente sustentada pelas compras dos investidores estrangeiros.
- Na EUROPA, também sem uma tendência única, INGLATERRA 0,5%, FRANÇA 0,3% e ALEMANHA -0,2%, divididas entre o rebaixamento das ''notas'' de Grécia e Portugal, desta vez ela S&P, que causou a queda das ações de bancos, e beneficiada pela divulgação de indicadores econômicos positivos, como o pessimismo menor que o esperado dos consumidores da Alemanha, que impulsionou as ações do setor automotivo.
- Nos EUA, mesmo com baixo volume de negócios, S&P 0,7%, DJ 0,7% e NASDAQ 1,0%, com destaques de alta para as ações de empresas do setor de energia, que já se saíram bem ao longo do trimestre.
Economia:
Dando novos sinais positivos da economia interna, (1) no final de FEV/11 a carteira total de crédito do Brasil estava 21% maior que em FEV/10, (2) em FEV/11 o Indicador de Nível de Atividade da industria de SP foi 7,1% maior que em FEV/10, (3) segundo uma sondagem da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção, 74% dos empresários desse segmento pretendem investir nos próximos 12 meses, contra 10% registrado no mesmo mês do ano passado e (4) segundo projeções do setor, no primeiro trimestre deste as vendas de veículos novos devem crescer até 5% na comparação com o mesmo período de 2010.
Fazendo ''seu sacrifício'' para tentar segurar a inflação, Almir Barbassa, diretor financeiro da Petrobras, afirmou que a estatal não fará qualquer alteração no preço da gasolina devido à volatilidade do preço do barril de petróleo no mercado internacional, ressaltando que a situação no Oriente Médio e no norte da África não está definida.
Promissor, porem ainda incipiente e irrelevante, o setor mundial de energia limpa, principalmente a eólica, recebeu em 2010 investimentos recordes de US$ 243bi, o que representa uma alta de 30% ante 2009 e de 630% na comparação com 2004.
Com o Brasil se preparando para colher mais uma safra recorde, nos 2 primeiros meses deste ano as vendas de fertilizantes atingiram 3,48 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 10,3% em relação ao mesmo período de 2010.
- A Brookfield caiu -1,5%, após anunciar que em 2010 seu lucro liquido foi o maior da história e cresceu 80,1% ante 2009.
Alfredo Sequeira Filho